terça-feira, 10 de março de 2015

Corre, vai avisar todo mundo que tá ansioso pelo fim desde o dia em que a gente se conheceu.
A exaustão levou ao fim.
Agora, até penso que devia desculpar sim, mas é que como você me ensinou eu só me lembro e aprendo o que me convém. Nesse momento, me convém pensar que você é um anjo, mesmo sabendo que você não é.

Eu tentei, tentei além do que podia e tinha. Eu tentei te encaixar em tudo, eu tenho muito- tinha muito. Mas, você não quis ser encaixada, você quis dominar, até que me levou tudo. Me levou QUASE tudo, menos a vontade de viver e ser e crescer. Eu tenho tantos planos e projetos, tanta coisa, muitos exigiam de mim muito mais que dois finais de semana por mês em SP, e quando eu me mudasse? Como elas ficariam? Mas por tanto tempo isso não importo, eu combinei a parede da sala e prometi morar com você no meio do ano, claro sob a condição de darmos um amigo pug ao Athos.

Eu não queria chorar, já chorei tanto... principalmente por você.

Fez quatro, quase cinco meses que nos falamos todos os dias e isso não parede nada perto da imensidão de 3 anos que já passei com alguém, mas acho que a gente sabe o quanto apostamos, o quanto queríamos e porque tá sendo assim. Nunca amei ganhei alguém assim, eu mudava de estado, de amigos, de roupa, de maquiagem, de vida, de profissão, de sonho, de paixão... eu mudei de tudo que eu já podia fazer.

Você viu que minha roupa era transparente e se mostrou bravo, subimos a escada de casa, você segurou o Athos pra eu passar sem me olhar na cara. Entramos e eu questionei se ficaria com a cara amarrada por isso, eu nem sabia que era assim... A briga evoluiu e em pouco tempo você entrou no quarto e disse BEM alto "Não sei se você fazia isso com os outros, mas enquanto for minha namorada não vai andar assim", eu deitada no sofá, já tinha me acostumado a chorar ali quando a gente brigava.


Eu me senti coagida muitas vezes, mas já era de meu costume se sentir assim em outros relacionamentos. A voz mais alto, o olhar autoritario... Eu ia até o quarto, até gritava, falava falava falava e falava um pouco mais, te via amolecer aos poucos, não que você me desse  razão porque isso você nunca faria. Naqueles momentos eu quase via o menino doce que conheci em dezembro.

Choro agora como não tem mais absolutamente nada, nem rumo. Se eu não te conhecesse poderia crer que vou sentir sua falta e voltar correndo, mas já vai ser tarde, né amor?!

Esse é mais um dos meus abandonos desordenados, mais uma história de quem não tem aptidão pra ser alguém e que vai e precisa ficar só.

Te amo, de verdade.


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