segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Virou clichê escrever em frases de definição "EU SOU A MARÉ VIVA". A tal frase que escolhi pra marcar meu braço não poderia ser outra senão essa.

"Durante as fases de lua cheia e lua nova, Lua e Sol estão alinhados e os seus se somam, gerando uma maré viva. Em cada mês lunar, temos duas marés vivas."

Meu bem, não se segura maré.

"Maré viva é um fenômeno meteorológico definido pelo alinhamento da Lua e do Sol em relação à Terra, a soma de suas atrações gravitacionais gera uma maré alta mais intensa que o normal, constantemente associadas as onde de proporções enormes mesmo em praias calmas, além de alagamentos e desmoronamentos em construções inapropriadamente posicionadas muito próximas à orla."

Como as pessoas poderiam saber? Como elas poderiam entender que aqui se vive de amor, intensidade e verdade? Como você, tão alheio poderia imaginar, como é ser uma verdadeira maré viva?

A frase é bonita e parece culta. Bonita de explicar pra quem não do que se trata. Mas, a marca na pele é pra lembrar. Pra mover. Pra levantar. Pra ir avante. Pra sorrir e muitas outras, pra chorar de saudade. Outras tantas, de orgulho de mim e de você, dele também.

Aqui eu sou maré viva porque eu vivo o sonho, eu atropelo o tempo, eu passo da porta e invado os espaços. Eu defendo minhas verdades e encaro de frente os dias que passam lentos, mas trazem os mais leves e suaves ventos. Aqui, a maré viva resiste, insiste, persiste e destrói o que tá no lugar errado, deixa pra trás o que não faz parte, segue.

A música, símbolo de tudo que adotei pra minha vida e representação do que tem sido todos esses anos entre amores, corridas, choros e sorrisos tão sinceros, que o mundo para no segundo que os olhares se encontram. 
Ela toca e tudo muda. O corpo, que sempre reage a músicas tocadas ao vivo, vibra de uma forma diferente e eu não consigo me lembrar de algum dia que cantei junto contigo, no meio das luzes e das vozes apaixonadas, e não chorei.

Não é um choro qualquer, é aquele que tu só sente as lágrimas escorrendo e o peito esvaziando as coisas ruins. O peito enchendo de uma alegria tão surreal. Tão. Tão maravilhosamente única. O coração decola. Nessa hora, eu fecho os olhos e inclino a cabeça pra cima e sinto que posso tocar vocês com o meu amor maior, que ainda longe, te lanço um sorriso discreto e sincero por tudo que faz por mim, ainda que mal saiba do tamanho de tudo isso.

Que os sonhos nunca saiam do foco, que a maré viva nunca se amanse. Que a Lua e o Sol se encontrem pra dançar mais valsas, que meu coração decole e vá até seu rosto emocionado mais vezes. Que meu peito nunca deixe de sentir a sensação de felicidade serena e completa. Que nossos olhos se cruzem por aí. Que a vida nunca esqueça que maré viva não controla, não segura, não dá aviso. Que a vida esteja preparada para atropelamentos, para vitórias (com c, também). Que saibam que o nosso sonho não para, não é grande o bastante, pois sempre o aumentaremos e sempre o superaremos. Que saibam que o mundo é nosso, de nós seis. Que gritem pros 7 marés que ninguém derruba mais que nosso amor. Que avisem aos desavisados que a sinceridade de um peito que ama vence todas as guerras com um sorriso. A vida e as outras marés que se cuidem, porque ouvi dizer que sou a mais viva que já viram por aí.




domingo, 16 de agosto de 2015

Levei um tempo pra voltar, em partes foi ótimo. Mas, a verdade é que não se tratava de vontade própria e sim de uma mistura de falta de tempo com problemas na hora do login.

Daqui algumas horas minha rotina volta e volta pesada. Quem não correr do caminhão que vem atras vai ser atropelada.

Já vamos fazer aniversário de um mês de solteiros. Você desbrava o mundo através de snapchats. Eu, fico aqui sendo uma boa ariana e mudando de opinião com relação aos pretendentes que me aparecem.

Na semana passada eu estive lá, botei minha melhor roupa e passei a melhor maquiagem que consegui. Ao me olhar no reflexo do espelho percebi que tava péssima. A noite seguiu entre altos e baixos, subi e desce a augusta vezes demais pra ter contado. Mas, me lembro de pensar muitas vezes no quanto me arrependeria se descesse aquela última vez. Claramente me arrependi, mas acho que era um arrependimento que queria pra mim.

As pessoas fora do meu mundo imaginário cor de rosa, são bem esquisitas. Aqui, no mundo real, elas transam casualmente, não se apaixonam e não pensam no que diabos você vai fazer caso algo dê errado. Aqui ninguém tá interessado em te dar a mão pra ir no cinema. E, de cara, foi meio chocante não poder perguntar pra alguém se a data do casamento ia ser marcada. Tinha esquecido como é viver livre e solteira, e é bem complicado.

Eu não marquei casamento nenhum, tão pouco novos encontros. Me apeguei as minhas amigas, mas elas estavam em novos encontros. Pois então, acabei trabalhando em um sábado a noite. Nada a reclamar, poderia ter sido uma noite na augusta regada a incertezas e bagunças das quais eu realmente não tenho saco pra desvendar.

Legendários tava na TV e você sei lá onde, dando em cima de pessoas totalmente estranhas e feias. Deve fazer parte do seu processo de solteirice. Se tu soubesse como o meu é rigoroso, sentiria pena do quanto tô achando que posso escolher.

Há duas semanas atrás eu não sabia que ia pular para próxima fase do processo de me recuperar do relacionamento passado. Eu estava ali, assistindo um show e pensei por um tempo que o Gabriel podia estar ali e não é estava? Eu o vi de costas e o susto, com um misto de vontade de olhar pro rosto dele, tomou conta e me fez voltar pro meu lugar, onde não era possivel que a gente se trombasse.
Ele ainda tem o mesmo corte de cabelo e usa a mesma camiseta. O cabelo da namorada dele parece bem hidratado e essa observação vem como prova de sinceros desejos de felicidade à alguém tão legal, bonito e engraçado como ele. Que ele encontre o que sempre procurou.

Bem na hora de ir embora o mundo girou de ponta cabeça. Maldito tchau. Foi assim que nasceu meu primeiro crush pós relacionamento. Crush com duração de mais de 15 dias, que está dando sinal de vai começar a morrer agora. Juro que me assustei por uns tempos e achei que era babaca o bastante pra me apaixonar por fatos tão imaginados (porque acontecidos não foram).

Eu já tentei resgatar antigos relacionamentos, até o vi. O coitado do rapaz, que eu tratei mal pra descontar a raiva que tinha do Gabriel, parecia feliz em me ver. Mas ambos concordamos via pensamento que aquilo não tinha sentido.

Voltei pra casa refazendo os planos e reformulando minha vida. É bom estar tão sozinha e tão próxima dos meus amigos.

Isso me causa algumas chatices, tipo mania de falar do mesmo cara (o tal do crush) umas dezoito vezes por minuto. Mas, eu e eles vamos superar. Assim como o crush que nem sequer tem crush em mim.

A saudade que aperta é daquele olhar e daquele abraço.

Já pensei em falar contigo, te ter mais perto. Porque nosso relacionamento não melhoraria nem em um milhão de anos. Nunca vou deixar de ser eu e nem você de ser você.

Mas, me lembro quando as flores e cartas chegavam e eu desmanchava meu coração. Antes sentisse falta só dos presentes...
Odeio o jeito como você parece ser internet a fora, mas atento ao que você mostrava ser todas as manhãs e enquanto você fazia nosso almoço.

Você é melhor do que qualquer um que eu venha a conhecer, por isso espero que possa me desculpar e quem sabe, aprender que não é botando uma cerca em volta que segura o amor. Se quer saber, te amar... eu te amo e é pra valer. Mas, atrás das grades ninguém fica manso, Hugo.