terça-feira, 24 de novembro de 2015

Pra você tanto faz.
Um, dois, três dias... Uma semana sem falar comigo.

Pra você tanto faz.
Paixão doi. Dor física, daquelas que eu explico com tom de brincadeira, mas nunca falei tão sério.

Eu tava no onibus pensando que não preciso disso.
É claro que não preciso.

Mas, ah... Esse teu jeito de sorrir com os olhos fechados e a mão no rosto.
No final, é disso que eu preciso.

Me odeio.
Você me avisou, certo?

Mas, eu sempre cruzo contigo na rua e penso: Só pode ser a vida nos juntando.
Enquanto isso você pensa que o acaso tá tirando uma com a sua cara.
Eu cuidaria de você quantas noites fossem necessárias só pra te ver sem graça de olhinhos fechados.
Eu faria de novo pra que você dissesse que sou maluca mais uma vez.

Droga, quem se apaixona tão fácil?
Por você? Qualquer pessoa.

Esse teu jeito reclamão, pessimista e mau humorado, me faz crer que precisa de um sol,
Eu nem te conheço, mas sei que é o sol que me faltava.

É o segundo texto que faço sobre você.
Eu só quero saber quando vai ser a próxima vez que vou encontrar.

Toda vez que te vejo sem aviso você fica sem graça.
Eu fico sem graça também.

Sem saber se devo te dar um beijo te cumprimento com um soco na mão.
Sei que você acha engraçadinho.

Também sei que falo muito. Sei que não gostamos das mesmas coisas.
Mas, eu gosto tanto de você.

Paixão doi.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

texto muito grande pra ser de alguém que acabei de conhecer

Pode ser o jeito que você sorri timido e coloca a mão no rosto, ou vai ver são as ruguinhas do lado do seu olho quando da risada de bobo. Quem sabe foi porque você dormiu abraçado a noite toda sem se mexer, ou porque seus espasmos antes de dormir são pra lá de estranhos. Você não sabe, mas eu contei os dias pra te ver.
Toda essa sua vida de bebidas, diversão e amigos que não conheço, os quais você não me apresenta de uma vez... Eu deixei a dignidade na balada no último final de semana, mas enquanto estava sentada naquele sofá, pensei em te mandar mensagens dizendo coisas que gostaria de dizer sobrea. Tipo o quanto tenho gostado de ver como você é arrumadinho, ou como relevo o fato de você ser tão magro, ou como me sobe um frio na espinha quando eu lembro da sua boca em mim.
Odeio como tudo tem uma ordem, odeio como você é um enigma, odeio como já me avisou que nunca seremos nada, odeio seus horários quando não batem com o meu e odeio porque você não olha pra trás quando vai embora. Odeio sua amizade com a ex, odeio que você não me convide tanto quanto te convide. Eu acho até que odeio você.
Enquanto te odeio, olho mais uma vez pra sua foto e mesmo me negando, eu dou um sorrisinho sutil pra que não notem no trabalho o que tem acontecido no meu estômago. A cara de mal na foto até convence que nunca botou a mão no teu cabelo e descobriu que você passa uns bons minutos acompanhado da pomada pra que ele fique certo. E, essa tua desculpa de que ele é liso demais.. Puf, me convence, tudo em você me convence.
O seu all star todo preto me faz pensar que você não o usaria se o cadarço não combinasse com a sola e todo o resto. Sua camiseta amassada de manhã me faz pensar se faz sentido tudo isso, você dormiu com ela e vai trabalhar com ela também? Vai ver eu até queria ser tua camiseta.
Odeio sua barba fazendo cocegas no meu nariz. Eu preciso mudar a cabeça de posição durante o beijo, sem dar risada ou espirrar. Eu adoro sua barba fazendo cocegas no meu nariz.
Eu odeio quando você tenta ser fofo e enquanto eu falo sem parar tampa minha boca, ou tenta me beijar de surpresa, mas você não sabe ser impulsivo, tão pouco me calar. Eu adoro isso. Eu odeio adorar. Bem brega.
Enquanto eu acordei com a cara amassada, eu te via meio descabelado andando pelo quarto, primeiro tentando se virar com um abajur, mas desistiu e acendeu a luz na minha cara. A boa notícia é que eu não liguei, sorri ao ver você dizer “como assim você não come de manhã?”. Ah, tem tanta coisa pra descobrir ainda.


segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Digo por aí, o tempo todo, o quanto gosto de ti de graça. Mas, parando pra pensar...Não é bem assim.

O sorriso que tu me deu naquele dia. E, naquele outro que me olhou e estendeu o braço, em um segundo estava grudada no teu pescoço. Quem sabe foi o jeito que tu sorrio quando eu chorei de saudade. Não, não, vai ver que foi quando seus olhos brilharam ao ter dimensão do quanto você sempre estaria comigo.

Não sei qual foi o momento que me apaixonei pelo seu coração, pela sua alma. Não gosto de você de graça. Eu gosto pelo seu sorriso, pelo seu ar sereno, pelos seu olhar sincero, pela sua alma bonita, pelas suas mãos calejadas, pelo seu abraço apertado. Eu gosto pela forma com que abre a boca e fecha os olhos enquanto toca, eu gosto porque seu suor pinga no chão do palco enquanto você sorri, gosto porque tem o olhar perdido as vezes (e sempre, sempre, amável). Gosto por todas as vezes que suas mãos fizeram carinho nas minhas costas, gosto porque encosta seu rosto no meu quando chego perto, gosto porque aperta os olhos enquanto sorri. Gosto porque tem ruguinhas no canto do olho pelo sorriso largo, gosto do desenho que sua sobrancelha faz quando está sério para fotos, gosto do desenho da sua sobrancelha quando faz cara de surpresa. Gosto quando você sorri sem graça.


quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Alguma vez você conheceu alguém cujo o olhar te dava calma? Parece clichê e fácil conhecer alguém com feição serena e despreocupada. Mas, eu tô falando de quem sorri com os olhos, quem tem sempre a sombracelha arqueada para cima com uma expressão sincera e suave.

Todo mundo precisa de algo pra seguir, precisa de um amor, de um sonho. Eu só precisava daquele sorriso, daquele olhar, só me movia por te ver cruzar meu caminho acidentalmente por aí, nem que eu te visse por um segundo, só visse seu jeito perdido e divertido de longe.

Não é amor. Amor parece pouco. Amor parece raso. Amor parece simples. Eu queria sentir os dedos dele pegarem nos meus e o braço dele me puxando pra que a gente pudesse correr pra longe de todo mundo que não entendesse aquilo. Você pode dizer que nem ele entendia, mas fui eu quem vi, ao vivo, com todo o calor e expectativa de dias longos esperando, a feição dele quando viu a marca no meu corpo.

"Espero que você entenda porque eu fiz isso" - "É claro que eu entendo". Os olhos deles diziam que entendia mesmo. A felicidade com que ele quis dizer pro mundo o que tudo tinha virado, também disse.

Sempre foi além, desde o dia que te vi. Desde quando ninguém tinha se apaixonado pelo jeito, quando ninguém te cercava nos lugares. No começo era só eu, e agora eu sou um grãozinho de areia no meio do mundo todo. Mas, não tem problema. Você pode esquecer, eu posso sumir. O tempo pode passar, eu posso chorar. Eu tento me livrar. Mas, você continua sendo tudo o que eu preciso pra seguir em frente.

Em dias como hoje eu só quero correr correr até te encontrar por aí. Assim como no dia que sentei na rua e esperei por horas que seus sapatos pisassem naquele chão e como num acaso combinado nossos olhares se encontrassem. Ah, como eu queria você perto.

É tão além. É tão díficil. A chuva que me molha, nem sempre cai por aí também. O motivo de tanto de desespero de sentir seu corpo encostado no meu também vai além da minha saudade sufocante. Você diz que a vida é bela quando fecha os olhos pra dormir, mas o que houve com quem passava beleza pro mundo só com o ato de existir?

Da última vez eu mal te reconheci e tentei tantas vezes entender quem você era ou o que havia se tornado. Hoje, eu sei que não importa. Eu sempre vou esperar encontrar seu sorrisão por aí, e um dia vai acontecer.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Hoje, por acaso, encontrei uma velha amiga na faculdade. O primeiro assunto foi sobre meu namoro que não deu certo e ela disse com uma propriedade surreal "Você se entrega muito quando namora".
O que me fez pensar no quão instavel e esquisita eu posso ser.

Depois do Gabriel, eu vivi uma fase de desprezo de qualquer um com o qual eu me envolvesse. Em todas as tentativas de romances, por quase um ano, eu estive pisando em corações e rindo pelas costas daqueles que me pareciam bonzinhos. Os que arrematavam 20 minutos de suspiros eram, justamente, quem não deveria.

Mas, quando o conheci, tudo o que eu pisava no outros... eu deixei que pisassem em mim. Ainda sem ter o visto e saber ao certo o quanto eu era maior que ele na altura, eu já o amava de forma intensa e inconsequente, assim como é tipico meu.

Ontem, entre meus surtos de nervos e bons choros, cantei em silêncio algo que deveria ser meu mantra. "Eu já vi trens maiores vindos de outro lugar e hoje eu sei que vai passar". E, como sei.
Quando meu primeiro namorado virou as costas e foi viver um novo amor, ah... Foi mais dificil do que as palavras podem dizer. Simplesmente, porque além de chorar eu costumava ter acessos de tremedeira e frio que desencadeavam e pressão baixa e sabe se lá o que renderia se não corressem para me acalmar.
Ainda que, depois de anos, eu continue meio surtada, eu reajo melhor a tudo isso. Sei que já doeu mais, sei que já foi mais insuportável, sei que a vida reserva boas novas.

Te ver virando as costas me faz ter vontade de gritar e te obrigar a ficar. Ficar como era antes e não é agora. Porque você não me deixaria ir se fosse mesmo.
É doido ver que aquele morreu, assim como eu também morri e optei por isso. A mudança de cabelo, de cor preferida e de planejamento dos finais de semana foi justamente pra morrer.

Já foi mais dificil, eu já escrevi mais sobre a dor. Já foi insuportavel e imensuravel. Ele era meu melhor amigo enquanto inimigo. E, eu era só uma menina que não imaginava o quanto viria depois dele.
Sem saber de nada eu chorei madrugada a dentro, pedi pra Deus tantas vezes que eu pudesse me casar com ele.
Estranho pensar como também pedi vez ou outra para morar com você.

Deus não manda nos meus relacionamentos e tão pouco deve ajudar. Ele sabe que eu aguento e que não me deu aptidão pra co-pilotos.
Vai ver, eu só preciso de um co-piloto.

Que meus amores platonicos me matem de amor. Que meus amores platonicos me matem de dor.
Que os romances distantes terminem e voltem, se assim for pra ser.
Que os novos ventos tragam sorrisos e um coração leve.
Que eu renasça de vez e pare de chorar a morte da Letícia que matei.

domingo, 13 de setembro de 2015

Carioca

Não, não faz sentido. Não é costume da vida fazer sentido.

Eu tenho um lenço cinza que comprei mais com o intuito de ficar mais bonita com o que te esquentar o pescoço. Ele, por ser de tecido fino, absorve mais o cheiro de cigarro que minhas outras roupas e, por ser acessório é lavado menos que uma camiseta.
O cheiro que fica nele me lembra você. Vago, porém até que tem sentido (se algo, de fato, fizesse nesta história) já que você costumava fumar bastante e cheirar a cigarro na maior parte do tempo.
No meio dos dias frios que fazem em terras paulistanas, eu acabo me flagrando cheirando ele disfarçadamente em meio a um grupo de pessoas animadas ou em uma casa de show enquanto sigo minha - amada- rotina.

Eu decidi te apagar, quase que por acaso.

Ainda que a frase remeta à um filme que nem sequer pertence ao relacionamento em questão, como eu já havia dito à ele... O filme diz muito sobre mim. E, por isso mesmo que foi uma pena você não ter o assistido, mas entendo seus motivos.
Um dia, no meio da confusão de sentimentos que sou e sinto especialmente por você, eu te chamei e sem resposta...Disse adeus como forma de  fugir de algo que, de certa maneira, já me aconteceu antes.
Errado correr das desgraças do percurso, ou quem sabe, inteligente. Eu já fui quem pagou pra ver, quem ficou até o final e sorriu até o último. Mas, eu sei bem que essa história não acaba bem pra alguém e na certa, seria pro meu lado que a corda iria arrebentar.

Eu ainda olho casais e inconscientemente peço aos céus alguém que me olhe do jeito que os rapazes olham pras mocinhos no metrô. Mesmo sabendo que não preciso disso, meu coração pede por um afago que, estranhamente, parece não receber há anos.
Olhei pro lado duas vezes, a qual uma claramente deu errado pro meu lado. Na segunda, como uma forma de blindagem eu já sabia que não passaria de sorrisos trocados e comentários maldosos para minhas amigas.
Meu coração é de pedra vez por outra.

Quem hoje -talvez- leia esse texto, nem de perto é aquele por quem eu escrevi textos apaixonados e contei os dias. Mas, não tome como ofensa, aquele nunca existiu, meu bem.
Fruto de uma imaginação cega, desesperada por amparo e infinitamente apaixonada. A gente acredita no que quer.

Me lembro de quando lhe contei do meu gosto especial pelo som alto e luzes de balada. Você me alertou sobre problemas posteriores. Estava certo.
No entanto, hoje quem se derrama nas baladas não sou eu. E, não que eu esteja enciumada.
Já fiz tanta coisa babaca por aí. Já beijei tantos rapazes sob uma luz que, com certeza, não revelava a verdadeira cara que eles tinham na vida real.
Mas, o choque de realidade que bate a porta é estranho. Quem sabe até mais do que ouvir que teu ídolo vai ter um bebê.

Que, aliás, diante da notícia me botei no lugar. Pensei em como seria se a criança fosse minha e sorri por não ser, mas lembrei que se acontecesse, você, doente que é, disse que ficaria contente. Sem se dar conta da dimensão disso, quase fez com que eu me convencesse que tamanho absurdo podia ser aceitável e passou na memória o quanto eu desejei morar no mesmo teto que você.

Sonho que nunca foi meu. Nunca foi meu, porque o meu é no mundo e não no Rio. Mas, mais que isso, nunca foi meu porque já havia sido de outra antes.

A confusão de amores e relacionamentos que fizemos nunca havia sido vivida por mim, desta forma intensa, antes.
Algo que eu poderia, quem sabe, dispensar.

Quando passa no jornal notícias da tua cidade, quando a reportagem conta sobre algo daí... Eu penso como você tá longe e perto.

As fotos não dizem mais. Chorar perdeu o sentido há algum tempo. Já fazem dois meses. E, nem sequer assimilei como não voltei pela gata. Tantas músicas que sei de cor, tão fascinada pelo universo dos sons e tão louca pra fazer parte disso... Fã e entusiasta de mão cheia de tudo que vem daqui, a favor da nacionalização geral do rock e cheia de marra de sabichona quando vêm falar sobre livros do tema. Mas, ainda não encontrei uma música que falasse sobre nós como eu gostaria.

A busca constante por algo que acalme me traz certa transtorno em algumas noites. E, a ideia de que você, sempre com seu discurso barato sobre amor, vive de uma forma sem culpa nas mesmas noites, me assombra.
Eu devia ter te feito carinho ao inves de ir deitar no sofá da sala com cara de brava.
Eu não sei se eu gostaria um pouco mais de mim se eu não tivesse medo da areia da praia.

Em busca de uma independência de tudo e qualquer coisa, eu fujo de tudo que parece que leva um pedaço de alguma forma.
Eu devia ter feito comida algum dia enquanto você esperava no sofá.
Eu devia ter feito outra carta.
Eu devia ter te ligado pra dar boa noite.
Eu devia ter sido mais legal na tpm.
Desculpa se eu não abri tantas exceções assim pelo amor.

A foto dos pés na areia não me lembram dos dias que a gente gritava e batia porta.
Me lembra que eu viajava todas as sextas-feiras, eram seis horas, doze no final de semana todo. Quando eu chegava você já tinha comprado o que eu tinha escolhido pra comer. Nos feriados, você pegava minha mão e ia me mostrar o que havia de bom na cidade. Não, não gostava tanto assim de praias. Mas, ver filmes o dia inteiro, comer besteiras e ficar com fome no meio da madrugada porque a gente não pensou nisso quando estávamos no mercado.
Entre tapas sem nenhuma sutileza e declarações de amor que terminavam em baixo do chuveiro.


Que a lembrança mantenha viva o lado bom do Rio de Janeiro e do cheiro, sorriso e sotaque.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Eu tô trabalhando enquanto faço uma playlist pra bagunça de amanhã. 
Fazer amigos e embarcar nessa onda universitária fez um bem imensurável pra minha alma. Me sentir parte de um grupo e vê-los se divertindo comigo exatamente pelo que eu sou faz eu me sentir viva, jovem e querida. 

Na semana passada eu me senti parte daquilo há anos, como se fosse a vida inteira para eu ir parar ali. A mesma bagunça que rola amanhã, aconteceu faz menos de 7 dias e eu poderia estender por mais sete, se desse. 

Na última segunda-feira tive um problema de percurso que me obrigou a sentar na Av. Paulista por cerca de uma hora e meia, olhar a pressa das pessoas, as luzes dos prédios e os carros passando. Queria dizer que tive uma reflexão profunda no tempo que passei ali. Mas, não tive. 

Só sentei e esperei que ele passasse por ali como em junho do ano passado. Eu andava de braços dados com o meu ex futuro namorado, que já havia sido meu futuro ex quase noivo em mundos paralelos de quem tem 15 anos... O motivo de término? Ele. Quem eu vi andando rapido e com o olhar sereno? Ele. Avisei "Ele tá ali, posso ir atrás?", claro que antes mesmo da resposta vir eu já tinha corrido até lá. Mas, minha companhia atrapalhou que eu dissesse tudo e abraçasse tudo que tinha pra abraçar.

Pois então, que o tempo o levasse até ali, pois era tudo o que eu precisava naquela noite de clima ameno e céu bonito. Em meio a todas aquelas centenas de pessoas que passaram por mim, tu não passou ali. Afirmou que não passou porque reconheceria seus pés, mãos, olhar, cabelo, roupa, pernas, peito e sorriso em qualquer  lugar, sob qualquer luz, no meio de qualquer multidão.

Vivendo a pena de não ter ganhado o meu abraço, voltei pra casa ainda com os mesmos pesos no ombro e percebi que essa a tal da dor que assola os tais sonhadores. E o que mais eu haveria de ser senão uma sonhadora de mão cheia?

Seguindo os dias eu sei, que ainda que sinta vontade de pegar o próximo vôo para o estado vizinho, eu só preciso respirar e esperar. Esperar para que a salvação e calmaria chegue, porque ela vai chegar.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Virou clichê escrever em frases de definição "EU SOU A MARÉ VIVA". A tal frase que escolhi pra marcar meu braço não poderia ser outra senão essa.

"Durante as fases de lua cheia e lua nova, Lua e Sol estão alinhados e os seus se somam, gerando uma maré viva. Em cada mês lunar, temos duas marés vivas."

Meu bem, não se segura maré.

"Maré viva é um fenômeno meteorológico definido pelo alinhamento da Lua e do Sol em relação à Terra, a soma de suas atrações gravitacionais gera uma maré alta mais intensa que o normal, constantemente associadas as onde de proporções enormes mesmo em praias calmas, além de alagamentos e desmoronamentos em construções inapropriadamente posicionadas muito próximas à orla."

Como as pessoas poderiam saber? Como elas poderiam entender que aqui se vive de amor, intensidade e verdade? Como você, tão alheio poderia imaginar, como é ser uma verdadeira maré viva?

A frase é bonita e parece culta. Bonita de explicar pra quem não do que se trata. Mas, a marca na pele é pra lembrar. Pra mover. Pra levantar. Pra ir avante. Pra sorrir e muitas outras, pra chorar de saudade. Outras tantas, de orgulho de mim e de você, dele também.

Aqui eu sou maré viva porque eu vivo o sonho, eu atropelo o tempo, eu passo da porta e invado os espaços. Eu defendo minhas verdades e encaro de frente os dias que passam lentos, mas trazem os mais leves e suaves ventos. Aqui, a maré viva resiste, insiste, persiste e destrói o que tá no lugar errado, deixa pra trás o que não faz parte, segue.

A música, símbolo de tudo que adotei pra minha vida e representação do que tem sido todos esses anos entre amores, corridas, choros e sorrisos tão sinceros, que o mundo para no segundo que os olhares se encontram. 
Ela toca e tudo muda. O corpo, que sempre reage a músicas tocadas ao vivo, vibra de uma forma diferente e eu não consigo me lembrar de algum dia que cantei junto contigo, no meio das luzes e das vozes apaixonadas, e não chorei.

Não é um choro qualquer, é aquele que tu só sente as lágrimas escorrendo e o peito esvaziando as coisas ruins. O peito enchendo de uma alegria tão surreal. Tão. Tão maravilhosamente única. O coração decola. Nessa hora, eu fecho os olhos e inclino a cabeça pra cima e sinto que posso tocar vocês com o meu amor maior, que ainda longe, te lanço um sorriso discreto e sincero por tudo que faz por mim, ainda que mal saiba do tamanho de tudo isso.

Que os sonhos nunca saiam do foco, que a maré viva nunca se amanse. Que a Lua e o Sol se encontrem pra dançar mais valsas, que meu coração decole e vá até seu rosto emocionado mais vezes. Que meu peito nunca deixe de sentir a sensação de felicidade serena e completa. Que nossos olhos se cruzem por aí. Que a vida nunca esqueça que maré viva não controla, não segura, não dá aviso. Que a vida esteja preparada para atropelamentos, para vitórias (com c, também). Que saibam que o nosso sonho não para, não é grande o bastante, pois sempre o aumentaremos e sempre o superaremos. Que saibam que o mundo é nosso, de nós seis. Que gritem pros 7 marés que ninguém derruba mais que nosso amor. Que avisem aos desavisados que a sinceridade de um peito que ama vence todas as guerras com um sorriso. A vida e as outras marés que se cuidem, porque ouvi dizer que sou a mais viva que já viram por aí.




domingo, 16 de agosto de 2015

Levei um tempo pra voltar, em partes foi ótimo. Mas, a verdade é que não se tratava de vontade própria e sim de uma mistura de falta de tempo com problemas na hora do login.

Daqui algumas horas minha rotina volta e volta pesada. Quem não correr do caminhão que vem atras vai ser atropelada.

Já vamos fazer aniversário de um mês de solteiros. Você desbrava o mundo através de snapchats. Eu, fico aqui sendo uma boa ariana e mudando de opinião com relação aos pretendentes que me aparecem.

Na semana passada eu estive lá, botei minha melhor roupa e passei a melhor maquiagem que consegui. Ao me olhar no reflexo do espelho percebi que tava péssima. A noite seguiu entre altos e baixos, subi e desce a augusta vezes demais pra ter contado. Mas, me lembro de pensar muitas vezes no quanto me arrependeria se descesse aquela última vez. Claramente me arrependi, mas acho que era um arrependimento que queria pra mim.

As pessoas fora do meu mundo imaginário cor de rosa, são bem esquisitas. Aqui, no mundo real, elas transam casualmente, não se apaixonam e não pensam no que diabos você vai fazer caso algo dê errado. Aqui ninguém tá interessado em te dar a mão pra ir no cinema. E, de cara, foi meio chocante não poder perguntar pra alguém se a data do casamento ia ser marcada. Tinha esquecido como é viver livre e solteira, e é bem complicado.

Eu não marquei casamento nenhum, tão pouco novos encontros. Me apeguei as minhas amigas, mas elas estavam em novos encontros. Pois então, acabei trabalhando em um sábado a noite. Nada a reclamar, poderia ter sido uma noite na augusta regada a incertezas e bagunças das quais eu realmente não tenho saco pra desvendar.

Legendários tava na TV e você sei lá onde, dando em cima de pessoas totalmente estranhas e feias. Deve fazer parte do seu processo de solteirice. Se tu soubesse como o meu é rigoroso, sentiria pena do quanto tô achando que posso escolher.

Há duas semanas atrás eu não sabia que ia pular para próxima fase do processo de me recuperar do relacionamento passado. Eu estava ali, assistindo um show e pensei por um tempo que o Gabriel podia estar ali e não é estava? Eu o vi de costas e o susto, com um misto de vontade de olhar pro rosto dele, tomou conta e me fez voltar pro meu lugar, onde não era possivel que a gente se trombasse.
Ele ainda tem o mesmo corte de cabelo e usa a mesma camiseta. O cabelo da namorada dele parece bem hidratado e essa observação vem como prova de sinceros desejos de felicidade à alguém tão legal, bonito e engraçado como ele. Que ele encontre o que sempre procurou.

Bem na hora de ir embora o mundo girou de ponta cabeça. Maldito tchau. Foi assim que nasceu meu primeiro crush pós relacionamento. Crush com duração de mais de 15 dias, que está dando sinal de vai começar a morrer agora. Juro que me assustei por uns tempos e achei que era babaca o bastante pra me apaixonar por fatos tão imaginados (porque acontecidos não foram).

Eu já tentei resgatar antigos relacionamentos, até o vi. O coitado do rapaz, que eu tratei mal pra descontar a raiva que tinha do Gabriel, parecia feliz em me ver. Mas ambos concordamos via pensamento que aquilo não tinha sentido.

Voltei pra casa refazendo os planos e reformulando minha vida. É bom estar tão sozinha e tão próxima dos meus amigos.

Isso me causa algumas chatices, tipo mania de falar do mesmo cara (o tal do crush) umas dezoito vezes por minuto. Mas, eu e eles vamos superar. Assim como o crush que nem sequer tem crush em mim.

A saudade que aperta é daquele olhar e daquele abraço.

Já pensei em falar contigo, te ter mais perto. Porque nosso relacionamento não melhoraria nem em um milhão de anos. Nunca vou deixar de ser eu e nem você de ser você.

Mas, me lembro quando as flores e cartas chegavam e eu desmanchava meu coração. Antes sentisse falta só dos presentes...
Odeio o jeito como você parece ser internet a fora, mas atento ao que você mostrava ser todas as manhãs e enquanto você fazia nosso almoço.

Você é melhor do que qualquer um que eu venha a conhecer, por isso espero que possa me desculpar e quem sabe, aprender que não é botando uma cerca em volta que segura o amor. Se quer saber, te amar... eu te amo e é pra valer. Mas, atrás das grades ninguém fica manso, Hugo.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

amores e desordem

É um conflito.

Baseei meus atos durantes meses em dores passadas, culpei o outro por algo que ele já tinha tirado das costas. Acredito que seja uma ação natural.

Nos últimos dias muita coisa mudou dentro de mim, e como numa tentativa desesperada de recuperar parte do que eu fui, eu pensei que mudar o cabelo talvez me incentivasse a mudar de pensamento e de vida. Ainda que pareça babaca, me ajudou, como sempre havia ajudado.

Não é fácil, pra ninguém. Mas, especialmente pra mim. Lutar contra algo que você quer (ou não) é complicado. A vida exige uma maturidade nesse momentos, que eu claramente não tenho. Ou, talvez tenha mais do que achei ter.

Eu já tive muitos relacionamentos. Aos 12 anos eu conheci um menino chamado Vitor no Orkut, tudo porque eu queria  me inserir num grupo, o qual eu claramente não tinha idade e maturidade para participar. No entanto, me inserir num grupo de amigos aos poucos, que até hoje fazem parte da minha vida.
O Vitor foi minha primeira experiência de paixão real e palpável. Mas, eramos pequenos o suficiente para acreditar que uma distancia de um ônibus era demais para nos conhecermos. Foi então, que conheci o Flávio.
Na verdade, ele já fazia parte de minha rotina escolar, mas como bom repetente diminuía os mais novos e inexperientes.
O rapaz de cabelos grandes, quase sempre de touca ou boné, eventualmente com maquiagem nos olhos, de inicio namorou minha melhor amiga. Mas, aos 13 anos, a gente não tinha problemas com nada.
Mais tarde, ele virou meu namorado. Namoro que durou 3 meses e rendeu uma briga com o Vitor.
Aos 14, namorei o tal do Vitor, também por três meses. Quando acabou, sofri como se fosse morrer. Chorei, rolei e jurei que nunca iria me recuperar.
Minhas amigas precisaram me resgatar, muitas vezes eu causava machucados fisicos em mim, numa tentativa de chamar atenção.

Era janeiro de 2011. Eu estava no final do meu período de luto pelo Vitor. As horas que passávamos no telefone me faziam muita falta. Minhas amigas me convenceram a sair de casa, ir ao shopping, onde todas as sextas-feiras acontecia um encontro do nosso grupo.
Ele tava lá, era o mais cobiçado. Aparentemente todas as garotas queriam os olhos verdes dele e o cabelo jogado pro lado. Naquele momento, ele me parecia o Fiuk e eu, gostava do Fiuk.
A gente bebeu, ignorando o fato de sermos menores de idade e totalmente inconsequentes. Logo minha boca estava na dele, num acontecimento histórico e inesperado, quase tanto quanto vergonhoso pelas minhas reações de histeria diante dele.

Dali, saiu um namoro que entre trancos e barrancos se segurou até  outubro de 2013. Ao lado dele eu cresci, virei mulher. Deixei de lado os moletons e adotei uma delicadeza,  que vez por outra não condizia com minha forma de falar ou me mover. Nesse meio tempo, os cabelos davam espaço as minhas emoções. A cada briga ou tentativa de separação do casal, minha cor mudava.

Era outubro, ele leu. Eu tava encantada por alguém, que mais tarde mostraria que merecia tamanho carinho. Decidiu me deixar e eu senti que nunca mais conseguiria levantar da cama. Ele fora meu primeiro namorado sério, ele havia passado quase três anos ao meu lado e agora, como eu poderia proceder? A dor foi intensa, mas deu lugar a paixão.

Não demorou para que eu, como boa ariana, permitisse que meu coração se enchesse de novos ares. Jhonatan, um moço bonzinho em novembro, que me proporcionou boas risadas e momentos, mas também não ultrapassou a maldita marca dos três meses.

Em abril ele voltou, voltou porque nos amavamos e não poderiamos viver um sem o outro. Mas, sabiamos que era um erro. Não havia futuro, ainda que nós desejássemos, faziamos mal um para o outro, a vida não estava preparada pra nós. E, então, ele conheceu outra pessoa.

Foi dificil, eu tive que queimar tudo ao lado da minha fiel e maluca amiga. Foi em outubro do ano passado que conheci um carioca.

E ele agora esmurra as paredes do meu coração na tentativa de ficar. Mas, eu sei. Durante os sete meses que ele ficou por aqui, as coisas desabaram.
Ainda me lembro, com lágrimas nos olhos de como me enchi de uma esperança verdadeira ao vê-lo ao meu lado na cama pela primeira vez.
Ainda que existe afeto, a vida não pôde esperar.

Meu cabelo tem outra cor e nos meus planos eu risquei todos os nomes que não fossem o meu. Simplesmente, porque não há mais tempo para convencer o próximo de embarcar.
O sonho segue, o navio pode balançar, mas jamais afundar e, ao lado dele, eu afundei e bati no fundo do mar.
Ainda que o coração doa, que seja dificil olhar pra trás e ver os olhos dele, não dá pra evitar. Não tem como adiar.

A noite vazia conta com poucas horas disponiveis para quem deseja fazer tudo da vida e em alguns momentos, absolutamente nada.


Mesmo que eu peça desculpas, ele nunca vai sentir no coração a dor que o meu sente a cada batida ou a cada respiração. E, nem em dez anos vai entender o porquê foi tão dificil.

terça-feira, 30 de junho de 2015

Agora você taí, com um carro de teto solar e uma mulher mais nova ao lado. Uma nova vida, nova casa, novos planos. Revigorante, não?!
Parece legal os passeios que vocês dão, praia em família deve ser divertido. Ganhar presentes do novo namorado da sua mãe. Ficar noivo, festas, vinhos, sorrisos e declarações. Como você está feliz, né?!
O que vale agora é que você saia mais cedo e aproveite os minutos preciosos com a sua familia que tanto te ama. A sua quase-filha e enteada... Bonitinha, fofinha, agora você pode acompanha-la, pode vê-la crescer, pode estar nas festinhas da escola e quem sabe você também a ajude na lição de casa.
Que futuro brilhante te aguarda!

Aqui? Já foi mais frio e mais triste. Não há problemas em te excluir da vida, como alguém que morreu e não volta mais. Pra mim, você já havia sido enterrado há anos mesmo.

O mundo é assim. Os pais vão embora, né? E eu não preciso de você.

Eu não desejo mal à você, porque você é o mal.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

As vezes eu tenho a impressão de não saber pra onde to remando. 
Tem dias que tudo desaba e eu sinto que a vida é injusta de uma forma tão cruel com todo mundo. O que me destrói mesmo é o papo de sempre.
Hoje eu me perguntei se alguém ( exceto ela) sente isso da mesma forma que eu sinto. Doi, porque cresceu e hoje é uma parte tão grande de mim, muito maior do que eu achei que era.
No final das contas, consegui o estágio.
Mas ainda não to muito certa de como as coisas vão fluir.
As vezes eu sinto vontade de poder controlar tudo.
Cheguei a fase adulta e me sinto mais adolescente que o normal. 
Preciso acordar daqui a uma hora e a ainda nem dormi. 
O céu de Copacabana roubou meu sono no feriado e final de semana e agora meus horários estão um tanto quanto bagunçados 



terça-feira, 26 de maio de 2015

ACORDA SEU PULMÃO

As vezes me sinto cheia, cheia de vida, cheia de ideia, cheia de felicidade, cheia de animação, cheia de planos. As vezes eu sinto minha casa cheia.
Quando minha mãe fica no quarto com seu celular pseudo- novo dando gargalhadas meu peito enche e algo dentro de mim sorri com vontade junto com ela, ainda que eu fique séria e meio mau humorada por fora.
Quando eu penso que ainda não deixou de doer pra ninguém, doí mais em mim.

Eu sempre soube que você era assim, eu nunca esperei de você coisas fantásticas e abraços como o dela. Nunca achei que você me assistiria de primeira fila e bateria palmas de pé com um sorriso orgulhoso.
Mas, parte de mim tinha esperança.

Me sinto distante do que eu sou (ou era).
Eu mudo muito rápido, eu sei, sempre soube.
Um dia me disseram que eu mudava de melhor amiga de acordo com o status de relacionamento delas. Eu fiquei puta, claro. Mas, no fundo eu sabia que era verdade e por isso fiquei mais puta.
Eu sempre tive um arsenal de melhores amigas inseparáveis, com direito a tatuagens iguais e tudo mais. Elas são incríveis, não desmereço elas. Mas, de repente eu olho no espelho e vejo que minha melhores amigas evaporaram mundo afora, ainda que estejam ao meu lado.
Ou vai ver, eu evaporei mundo afora.
Eu me senti triste, sozinha, desamparada, maluca, fora do normal. Hoje me sinto bem quando não tem sombras atrás, entende?
Eu perdi amigos nos últimos tempos. Há quem atribua isso ao meu relacionamento atual, mas também há quem sinta no fundo que isso é uma etapa da vida humana, aquelas dos 20 que todo mundo passa e começa a ser uma pessoa de menos amigos, sabe?
Claro que você talvez viva aos 30, uns aos 15 e eu aos 19.

Foi um conjunto de coisas.
Eu tinha por volta de 14 anos quando mudei de escola. No primeiro mês foi dificil me encaixar, o ambiente era diferente do qual eu sempre costumei frequentar e pela primeira vez os adolescentes realmente pareciam maldoso. Aos 15, eu já tinha minhas amigas, já tava lá toda pomposa com o meu espirito babaca de liderança que na verdade, nunca foi tão de liderança assim ( ou quem sabe tenha deixado de ser pouco depois disso).
Aos 16, eu estava numa nova fase, a escola técnica me trouxe outras visões de mundo e amizades sólidas. E não foi atoa. Pouco depois, houve o episódio de exclusão e me sentir mal e culpada por tudo. Ainda que eu tivesse meus amigos, foi difícil largar algumas ideias ruins sobre o que havia acontecido e eu, sempre muito apegada aos amigos, fiquei sinceramente chateada.
No entanto, a fase boa da etec me mostrou que eu podia ser eu. Sempre meio infantil e moleca, me formei lá quase uma mulher.
As roupas mudaram, o vocabulário, a cor do cabelo e o jeito de fazer amizades também. Eu tinha uma nova personalidade.
Ali eu me sentia forte, poderosa, querida e conhecida.

Outra mudança, cheguei quieta. Uniforme masculino, ainda tinha uma certa vontade de nunca mais fazer amizades em escolas. A primeira professora disse "Você quer fazer moda? Tem jeito pra isso" e, ou alguém já avisado à ela, ou ela era de fato (como afirmou ser) muitíssimo sensitiva. Eu era técnica em moda e dois anos depois isso ainda parece chique demais de se falar e uso sempre que possível.

Não entendia como garotas mimadas podiam reclamar de uma escola como aquela. Fui taxada de boa aluna durante os dois anos que fiquei lá, mas passado alguns meses a característica de quietinha foi se perdendo. Eu era a "Sasa" e estava sempre pronta a ser do grêmio, amiga das pessoas da outra sala ou a convencer algum professor de que não era bem assim.

Ainda não gostava de colégio. Mas, no final das contas foram nesses anos que me encontrei.
O gosto pelo jornalismo já estava aqui, mas deu um "oi" em algum desses momentos.
No último ano, como sempre foi nos três anteriores, eu faltei muito. Mas, tinha amigos legais. As intriguinhas bobas sempre me incomodaram e apesar de adorar as tranças que fazia no meu colega de sala, não levei nenhuma amizade.
As risadas foram boas, sinceras, longas e altas o suficiente pra levar algumas broncas. Nas reuniões acabavam admitindo "Fala pelos cotovelos, falta muito, dorme em aula, ri sem parar... mas, as notas estão ótimas". Inegável que no último ano a gente tenha aprendido a fazer boas colas.

Enem, vestibular. Peraí mãe, é essa aqui que eu quero e desculpe, mas não dá pra mudar de ideia.
Matricula feita.
Primeiro dia. Que droga!

Ao fim do primeiro semestre percebo que ainda não sou tão eu quanto gostaria e esperava ser. Eu sei que não levarei ninguém também. Voltando um pouco na história, nas mudanças e aflições dos 15 anos...A culpa deve ser delas.

Eu trabalho sozinha.

Eu lembro do filme "Os Incriveis" e quem assistiu deve se lembrar também. Ainda que pareça cruel e meu namorado não deva gostar muito da expressão, sinto que algumas (muitas) coisas fizeram com que eu estivesse sempre pronta a fazer sozinha.

Quando faço em conjunto me sinto atrás ou ainda sinto que ninguém tá fazendo certo.

Dentro de um relacionamento amoroso isso se mostra complicado e ser inflexivel não é, nem de longe, uma opção.

Hoje eu tava de frente pro espelho apertando cravos da rosto e sabendo que amanhã eu vou estar toda estragada e vermelha por isso, quando percebi.
Se tudo acabasse agora, pra onde eu iria? Eu ficaria parada bem aqui.
Não me lembro de ter entregado minha vida nas mãos de alguém dessa forma em qualquer momento da minha vida.
Ainda que eu seja, e pareça ser, independente. Sinto que não dá mais pra trabalhar (viver) tão sozinha assim e que não me sobrou outra saída.

A gata é minha. Talvez, é sua mesmo.
O cachorro nunca foi meu. Mas, que droga. As vezes eu esqueço. Não sou """mãe""" dele, não tenho vocação pra ser madrasta alheia. Tô mais pra amiga que fica com uma sonoridade melhor.

Longe de toda essa confusão que minha cabeça faz as vezes, que inclui até o tamanho do meu nariz, eu tenho uma certeza: O que me resta senão brigar, gritar, mas ficar pra sempre?

Nossa Letícia, que papo furado. Você já foi mais inteligente.
Tem razão, já fui. Tem quem diga que ninguém encontra o amor da vida e casa e morre junto antes dos 30 ( e culpam a maturidade).
Sobre maturidade? Tá em falta mesmo. Mas o leite na geladeira também tava e todo mundo sobreviveu - pelos menos nós quatro.
Não, não sei do amanhã e talvez meu nível de dramaticidade esteja bem alto devido a fatores hormonais femininos (tentando não dar ênfase ao drama sem proposito que a palavra tpm traz à minha vida). Dramaticidade em níveis elevados ou não : ninguém aqui vai morrer se acabar, mas talvez eu fique sem um pedaço do coração.

Sem um pedação.

Sem mais da metade.

Por você, pelas risadas, pelo sorriso sincero, pelo abraço na madrugada, pela guerra que é divisão do cobertor. Pela Ramona, pelo cachorro que eu peguei quando o bonde tava andando, pelas fotos ao lado da minha cama. Por cada filme, por cada plano, por todas as arvores nas lagoas. Pelos caquis que sua vó me obrigou a comer, tão como os mashmallows que engoli a força. E até pelas vezes que trocaram meu nome. Por cada vez que eu sai correndo do banheiro pulando de frio e me enfiei no cobertor porque o ar condicionado tava foda. E nossa, porque você lava os garfos muito mal e guarda o liquidificador no quarto onde o cachorro dorme.

domingo, 10 de maio de 2015

É sábado a noite, sempre os mesmos programas de entretenimento barato passando na Tv e a gente ali olhando pra ela. Não sei quantos finais de semana faz que a cena se repete, mas eu provavelmente poderia fazer o mesmo todos os dias até o final da minha vida sem me sentir entediada.
Houve um tempo que rotinas me chateavam e eu era daquelas garotas que, para gastar energia precisava sair pra uma festa e falar com oito pessoas ao mesmo tempo em um local barulhento onde nada - claramente- não tinha nem pé nem cabeça. 
Perdi o hábito de escrever, na verdade, eu perdi o hábito porque virou obrigação. Como boa estudante de Jornalismo eu escrevo mais do que achei ser possível para um ser humano e minha atual condição mental para textos pessoais está sempre a baixo de zero. É irônico como eu passei de uma menina sozinha escrevendo memórias e tentando guardar detalhes, para alguém que escreve 1600 palavras a cada 3 horas tentando ganhar algum dinheiro.
Eu gosto de chá, em dias frios ele costuma ser sempre a primeira coisa pela qual eu procuro, ganhando até de cobertor. Mas, na casa dele não tem. Ele não costuma gostar de bebidas quentes e faz cara de nojo quando esquento o leite para tomar. Porém, ele sairia de casa para comprar um pacote de chá matte de saquinhos. Com a bicicleta, o vento frio batendo nas bochechas, que deveriam ter mais proteção pela barba que ele deixa por fazer, mas diante da temperatura ter caído tanto no estado quente, já não lhe serve para isso.
Quando ele chega em casa cheirando batata e vai tomar banho, eu ganho mais dez minutinhos sozinha na sala, olhando para a televisão e não assistindo nada. E geralmente é aí que eu penso no quanto somos tão casal. Casal a ponto de dizerem "eles já são CASAdos".
Casados. Palavra CASA-dos. Fiz planos pra mudar de casa por alguns meses.

Meu humor muda fácil, ou as coisas acontecem rápido na minha vida. Pode ser que um pouco dos dois.
Muita coisa é diferente agora, ainda que eu acredite que dentro de mim algo nunca mude, nem desloque um milimetro que seja. No fundo, bem no fundo, ainda sou a mesma de 6 anos atrás.
Recentemente me disseram que eu mudo muito rápido e que no ano passado eu era uma Letícia e agora eu sou uma versão 2.0 daquilo. Parece bem maluco, mas eu até acredito que seja real e admiro quem tem essa percepção.
Na verdade, sempre admirei pessoas com percepções distintas do normal. Aquelas que têm uma visão de mundo maluca e não sabem nem em que mês a gente tá, mas com certeza têm 8000 teorias diferentes sobre aquele filme, ou sobre a história que escutou da mulher que sentou ao lado no metro. 
Eu ia dizer que eu gosto de gente assim porque eu sou um pouco assim. Apesar de ainda escutar a conversa alheia nos transportes públicos e tentar imaginar as cenas, criando as mais variadas e malucas teorias... eu só sou assim BEM lá fundo a essa altura do campeonato.
Eu já tive uma lista de pessoas bem próximas de mim sem noção de tempo e com mil ideias, teorias e maluquices. Atualmente não creio que me sobrou alguma e talvez por isso essa coisa tenha se perdido em mim, mas as minhas teorias antigas continuam aqui muito bem guardadas.

Jornalista acha que é Deus. Acha que pode e sabe de tudo. Definitivamente não poderia ter escolhido melhor profissão, não é? Sempre criei as histórias e as contei pros outros, até para aqueles que não estavam interessados em escutar, sempre imaginei que minha função era externar tudo o que eu sentia com relação a algo ou alguém, mesmo que aquilo não fizesse sentido. E mais que isso, eu sempre tive opiniões sobre os fatos que eu vi e os outros não e fiz disso um verdadeiro evento. Um espetáculo de Vou Contar Uma Coisa Que Vocês Não Viram. E meu deus, eu adorava\adoro tanto quando esse espetáculo enche e todo mundo fica com olhos atentos e a boca entre aberta escutando meus detalhes sórdidos e fazendo mais perguntas sobre o final da confusão.

Minha paciência para externar sentimentos bagunçados ficou por aqui.


segunda-feira, 30 de março de 2015

Você não precisa carregar a culpa sozinha, você não ser precisa mudar a cor do seu cabelo, a sua roupa ou quem você é.
Você não precisa viver de passado, não precisa viver com lágrimas nos olhos ou dores na alma.
Não precisa se mudar, não precisa disso.
Você pode se levantar, se ver de cima como tantas outras ocasiões, você pode ser o que você é. Você pode espalhar-se pelo céu, pelo mundo. Você pode enxugar suas lágrimas e retocar sua maquiagem, você pode ser o que você sempre foi.
Você pode acalmar seu coração, você pode parar de chorar, pode ver as coisas pelo melhor angulo.
Você já pode encontrar quem te ouça e te ame, pode abandonar o que te faz mal... Deixa pelo caminho.
Você pode pegar os pedaços do seu coração no chão e remendar, você já pode sorrir sem o peso nas costas.
Você pode voltar ao normal, já pode amar quem você é, já pode correr pela rua num dia de chuva sem chorar, já pode parar de esperar o pior, você já pode se olhar no espelho e não se odiar.
Você já pode comprar uma bebida e sentar sozinha por opção em alguma calçada enquanto fuma um cigarro, você já pode sorrir por estar acompanhada de si mesma.
Você pode limpar as lágrimas pretas misturadas com o seu rímel das maças do seu rosto, já pode tomar um banho e deixar tudo isso ir pelo ralo. Já pode sossegar seu coração, acalmar essa dor, entender a vida fica pra depois.
Você já pode amar a tudo o que tem, já pode encher a vida de cor com sorriso, já pode voltar pro mundo.
Ninguém olha pra trás por você, ninguém voltou pra te buscar e nem vai. Você não tem ninguém, mas você tem tudo o que precisa.
Você já pode voltar aos seus objetivos, já pode voltar pra sua vida, já pode parar de se desculpar ou se culpar por tudo, já pode abrir os olhos pela manhã e ver o brilho dos dias.
Você já pode enxergar o sol brilhando de novo? Você já ouve novos corações radiantes batendo pelo seu amor e pelo seu sorriso? Já pode jogar tudo que ficou pra trás no primeiro lixo que achar no caminho, já pode desapegar, você já pode esquecer e jogar fora como fizeram com você.
Respira e lembra do quanto você pode agora. Você já pode sentir frio pelo vento e não pela solidão, você já pode aceitar as coisas.
Você já pode crescer, você já pode parar de ouvir aquelas músicas, você já pode jogar fora  as lembranças de coisas perdidas ou de dias bons que não fazem mais sentido, você já pode parar de querer ser um texto, de sonhar com as coisas tão longe. Todo mundo vai embora, mas você fica, você precisa se segurar.
Você não precisa fazer mais nada do que não quer, não precisa ligar pro que nunca ligou, você não precisa de nada, deixa o peso pra trás.


Sobreviver e Acreditar - 18 de dezembro de 2013 às 03:10.

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algumas coisas me incomodam num grau tão absurdo que eu não consigo entender o porque.
Sou egoista, sim, isso é claro.
livre demais, egoista e desconfiada... deve ser a explicação. Preciso ser menos transparente com as coisas, vão saber quando eu não gostar, vai estar na minha fala desde o primeiro segundo quando acontecer. Meu deus, queria ser menos complicada, talvez menos egoista já ajudaria o suficiente, ou quem sabe o que falte é deixar essa mania tonta de desconfiança de lado.
a percepção do outro é sempre diferente da nossa, sempre vou achar que quando é comigo é diferente.
ps : nunca se deve confiar 100% ( Bianca sempre tem razão e é por isso que é meu anjo da guarda a uns 10 anos).


6 de dezembro de 2013 às 04:39.


A etec não só abriu portas pra mundo da moda ou pro meu futuro dentro ou fora disso como abriu portas pra eu descobrir quem eu era de verdade.
Não há duvidas de que lá eu aprendi muito mais do que modelagem e tendencias, aprendi a conviver, respeitar, amar o que faço e ao próximo, a me calar quando não tenho o direito de reclamar e a trabalhar em grupo. Mudei conceitos, aumentei minha responsabilidade e quando cheguei lá eu era um menininho de cabelo colorido que andava todo torto e com um moletom grande pelos corredores.. É incrível como eu mudei e cresci, incrível como agora eu pareço mais velha e mulher, incrível como até sou menos torta , falo mais baixo e não uso mais as roupas de menino, é incrível como eu me descobri e descobri que pessoas me amariam exatamente pelo que eu sou.
A parte triste de tudo isso é que foi uma época intensa, eu oscilava de sorrisos a choros desesperados em minutos e todos ali compartilhavam da mesma tristeza feliz, da mesma felicidade triste. A gente precisava deixar de lado tudo o que era prioridade pra poder fazer todas aquelas coisas que nos eram propostas, eu me descobri mais forte, mais determinada e muito mais capaz. Naqueles dias em que eu sabia que precisava dormir, em que meu corpo clamava por mais 10 minutos de sono, eu levantava e ia fazer uma das coisas que eu odiava fazer mais sabia que precisava.
Mesmo no meio de tanta briga, no meio de tanta desentendimento, discordâncias incríveis onde achei que amizades se perderiam, eramos todos amigos e unidos e eu via em cada um ali que todos se ajudavam, todos sabiam como era difícil e enxergavam a capacidade do outro, incentivava, apoiava.
Obviamente os grupos existiam e foram ficando cada vez mais fechados, mas ninguém negava ajuda, poucas foram as pessoas que agiram de má fé e as que fizeram, nos ensinaram a levantar mais forte e com mais paciência.
Muitas foram as vezes em que pensei em largar tudo e achei que nada daquilo fazia sentido pra mim, muitas foram as noites que desisti de tentar e fui dormir, muitos foram os intervalos em que vi gente fazendo parte do meu trabalho pelos meus 10 minutos a mais dormindo na noite anterior. Muitos foram os sorrisos que apareceram no rosto de cada um quando viram cada trabalho pronto, muitas foram as risadas nas festinhas que aconteciam entre um módulo e outro e foi muito questionado por nós como seria a vida quando acabasse toda aquela agitação, aquela felicidade triste, aquele estresse gostoso, aquela animação preguiçosa, aquele monte de sentimento acumulado que as vezes era solto em forma de gargalhada e as vezes com lágrimas.
Acredito que os dias não estejam só vazios pra mim, antes eu pelo menos não sabia quem era e tinha algumas pessoas de mentira pra me segurar. Depois que você conhece o mundo não quer vê-lo girar na sua frente enquanto você tá com a bunda no sofá.
A etec aconteceu em um momento onde tudo aconteceu, foram muitas descobertas e ações que me fizeram uma pessoa infinitamente mais responsável e crescida, e agora... eu vivo tão sozinha. Mas a pior parte é o vazio diferente do que eu costumava sentir antes de viver tudo isso.
Não sabia que existia uma parte ruim em se descobrir, mas a parte ruim é quando você percebe que seu mundo é diferente do da maioria das pessoas, quando você não quer mais ser o que sabe que não é, quando você não consegue ser diferente do que descobriu ser e se sente num mundo diferente de todo mundo ao seu redor.



Cresci - 28 de novembro de 2013 às 15:16.

"lamenta o que você não viveu hoje, que amanhã você vai lamentar o que não viveu ontem"

Eis que os números perdidos do meu infinito ficaram no ontem e eu tava tratando de perder os do hoje pensando nos de ontem e nos de amanhã.


Hazel - 31 de outubro de 2013 às 13:07.

Hazel Grace, 

oi, é. Você não é de verdade, talvez o texto devesse ser escrito para John Green, mas eu prefiro a moça parecida com a Natalie Portman de bochechas grandes e cabelos curtos que falava sobre os tamanhos diferentes de infinitos que existem por ai.

Você nem existe, mas vamos fingir que sim. É sobre você não querer ser uma marcas como o Gus, mas ser.

Ele morreu, parece cruel, mas você gostava de quem não tinha dó sua doença, então eis minha opinião sincera: Ele morreu e foi ótimo, nenhum amor puro como o de vocês se manteria até o tal envelhecer, o seu infinito ilimitado pequeno te fez viver melhor que muito gente com um infinito gigante.

Você morreu depois da carta? Acho que sim, é o que você imaginava que tinha acontecido com a Anna, mas fico feliz se tiver morrido de fato, conseguiu ler o que Gus meio que deixou pra você sem ser pra você, leu seu elogio funebre pouco antes de morrer, teve Um Ultimo Dia Bom sendo o Seu Ultimo Dia de fato.

Ele fez uma cicatriz em você, não como uma tatuagem, não como marcas fisicas, interna, ela durou pouco já que morreu um pouco depois... Mas existe algo que ele gostaria mais de saber do que saber que também fez em mim? Estranho o infinito ilimitado pequeno de vocês ter virado o de tanta gente.

Será que alguém já pensou em mandar cartar pro John que nem faziam com o Peter, não acho que o John é um bebado solitário grosso que teve uma filha como eu. Álias, meu infinito não é pequeno, pelo menos não que eu saiba, na verdade, eu só não to morrendo e sei disso.

Desde que li a última palavras na Maldita Ultima Folha não consigo parar de chorar e pensar em milhões de coisas que não se diz ou se escreve pra ninguém.

E eu vou continuar aqui, com muito coisa pra viver.

Tô fazendo como aquele povo que ia na internet deixar as condolencias pra alguém que nem conhecia? Preciso te dizer, em outro mundo paralelo, no meu, realmente fazem isso, já cansei de ver, consigo sentir teu nojo algumas vezes, tudo tem um ar falso.

Eis minha carta como a de Augustus, meio confusa e embaralhada, mas que vai deixar cicatriz. Eis minha tentativa de dizer a você, Hazel que não existe, que gostei que você morreu e que você fez uma cicatriz em mim e que se você não estiver assim tão morta, eu é que não vou até o John perguntar... Não tenho um Desejo e nem cancer terminal, ironico... mas você ia gostar.


Com Risada Divertidas de alguém que existe para Alguém Que Não Existe e está num lugar com Algo melhor com A maisculo,


Letícia.


29 de outubro de 2013 às 02:16.


576 no fruit ninja.

BOY KILLED LIAR - 19 de outubro às 12:05













Achei uns textos antigos perdidos e tem coisa que eu nem me lembro o que era, mas estranho gravar um arquivo com a pontuação do jogo.
Fiquei encantada com a minha propria carta pra Hazel, sou mais sensivel para histórias do que pareço. Ao final, sinto que tá tudo registrado e até o que eu não me lembro, faz eu me lembrar de algo que eu não sei o que é.
Tinha muito mais, mas depois de ler a pontuação, não tive coragem de ler mais coisas como "eu impedi ela de sair com os cachorros, sou tão horrivel" e saber que isso era real e não deboche.
Eu era divertida e no fundo ainda devo ser, sempre criei muitas ideias e teorias.

Hoje o que me trouxe até aqui foi o estranho hábito de criar amizades por pessoas que eu não conheço. Alguns de vocês debocham, e quem seria o louco de levar a sério, não é?! Mas, se eu pudesse os faria entender que não é nem um tipo de brincadeira e sim mais uma das minhas teorias que tem uma sentido absurdo na minha cabeça....Mesmo eu sabendo que elas não devem fazer sentido algum.




terça-feira, 17 de março de 2015

desordenação

Passei o dia em meio aos livros, escrevi, fiz até entrevistas. Talvez essa seja uma realidade distante do que eu era a anos atrás, quem poderia imaginar que aquela menina maluca que falava pelos cotovelos, sem nenhum filtro ou senso ia acabar assim? Sou tão mais quieta e talvez não seja só culpa do meu último relacionamento.
As coisas passaram de caóticas para mais caóticas ainda, dentro e fora de mim. A bagunça que 4 anos atrás, todas aquelas confusões que eu arrumava... Ah, bem que eu queria aqueles conflitos -que na época pareciam o fim do mundo- de volta.
Eu me perdia nas minhas próprias palavras e quanto mais tentava explicar mais via os rostos com expressão de interrogação pra todo aquele meu discurso desordenado.

Desordenado - palavra que eu adotei em definitivo pra minha vida. 

Em meio a tudo que eu devo ler pra faculdade, em meio a tudo que deve e será feito, eu paro e me pergunto onde eu quero e posso\irei parar.

Tenho me orgulhado, não dos outros, mas de quem eu me tornei. Sempre gostei de mim, uma das maiores tristezas que já senti foi numa época onde desejei cegamente ser como outra pessoa. Entrei numa pira completamente desenfreada de seguir os passos de alguém que eu nem sequer tinha visto, mas sabia que tinha sido alguém legal pra muita gente...A internet nem sempre me traz benefícios.
O que eu planejei a um ano atrás, permanece, de ângulos diferentes, mas nada foi de fato abandonado, pelo menos no que me refiro a projetos pessoais e profissionais.
Sobre meus amigos, os acontecimentos dos últimos meses levaram muitos, mas hoje eu sei que foi melhor terem levado mesmo. Atualmente, não conto na mão quantos amigos eu tenho, conto em três dedos e olhe lá... Parceria em todas as alas da minha vida, reservo a vaga para um só dedo.

Transformar paixão em profissão, dar alma, coração e ver um sorriso no meu rosto mesmo depois de perceber que passei a tarde em meio a cadernos e livros. Nem eu sabia que podia ser tão empenhada em algo. Com certeza, tem mais gente orgulhosa e apostando na minha vontade e na alma que dou à isso.





terça-feira, 10 de março de 2015

Corre, vai avisar todo mundo que tá ansioso pelo fim desde o dia em que a gente se conheceu.
A exaustão levou ao fim.
Agora, até penso que devia desculpar sim, mas é que como você me ensinou eu só me lembro e aprendo o que me convém. Nesse momento, me convém pensar que você é um anjo, mesmo sabendo que você não é.

Eu tentei, tentei além do que podia e tinha. Eu tentei te encaixar em tudo, eu tenho muito- tinha muito. Mas, você não quis ser encaixada, você quis dominar, até que me levou tudo. Me levou QUASE tudo, menos a vontade de viver e ser e crescer. Eu tenho tantos planos e projetos, tanta coisa, muitos exigiam de mim muito mais que dois finais de semana por mês em SP, e quando eu me mudasse? Como elas ficariam? Mas por tanto tempo isso não importo, eu combinei a parede da sala e prometi morar com você no meio do ano, claro sob a condição de darmos um amigo pug ao Athos.

Eu não queria chorar, já chorei tanto... principalmente por você.

Fez quatro, quase cinco meses que nos falamos todos os dias e isso não parede nada perto da imensidão de 3 anos que já passei com alguém, mas acho que a gente sabe o quanto apostamos, o quanto queríamos e porque tá sendo assim. Nunca amei ganhei alguém assim, eu mudava de estado, de amigos, de roupa, de maquiagem, de vida, de profissão, de sonho, de paixão... eu mudei de tudo que eu já podia fazer.

Você viu que minha roupa era transparente e se mostrou bravo, subimos a escada de casa, você segurou o Athos pra eu passar sem me olhar na cara. Entramos e eu questionei se ficaria com a cara amarrada por isso, eu nem sabia que era assim... A briga evoluiu e em pouco tempo você entrou no quarto e disse BEM alto "Não sei se você fazia isso com os outros, mas enquanto for minha namorada não vai andar assim", eu deitada no sofá, já tinha me acostumado a chorar ali quando a gente brigava.


Eu me senti coagida muitas vezes, mas já era de meu costume se sentir assim em outros relacionamentos. A voz mais alto, o olhar autoritario... Eu ia até o quarto, até gritava, falava falava falava e falava um pouco mais, te via amolecer aos poucos, não que você me desse  razão porque isso você nunca faria. Naqueles momentos eu quase via o menino doce que conheci em dezembro.

Choro agora como não tem mais absolutamente nada, nem rumo. Se eu não te conhecesse poderia crer que vou sentir sua falta e voltar correndo, mas já vai ser tarde, né amor?!

Esse é mais um dos meus abandonos desordenados, mais uma história de quem não tem aptidão pra ser alguém e que vai e precisa ficar só.

Te amo, de verdade.


segunda-feira, 9 de março de 2015

Meu abandono desordenado

ausência 

"Eu deixarei que morra em mim
o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar
senão a mágoa de me veres eternamente exausto
No entanto a tua presença
é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto
existe o teu gesto e em minha voz a tua voz
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado
Quero só que surjas em mim
como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar
uma gota de orvalho
nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne
como nódoa do passado
Eu deixarei...
tu irás e encostarás a tua face em outra face
Teus dedos enlaçarão outros dedos
e tu desabrocharás para a madrugada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu,
porque eu fui o grande íntimo da noite.
Porque eu encostei minha face na face da noite
e ouvi a tua fala amorosa.
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa
suspensos no espaço.
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só
como os veleiros nos pontos silenciosos.
Mas eu te possuirei como ninguém
porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar,
do vento, do céu, das aves, das estrelas
Serão a tua voz presente,
a tua voz ausente,
a tua voz serenizada."


quarta-feira, 4 de março de 2015

Pimenta

Eu já era casada, fazia algum tempo que morava ali com as minhas três filhas pequenas e meu marido um tanto quanto ausente.
Dividia o muro com uma vizinha rabugenta, baixinha, do cabelo longo e preto, esguia, sempre de cara amarrada. Ela tinha uma rivalidade comigo que eu talvez nunca saiba explicar, ou quem sabe eu até consiga imaginar o porquê.

O marido dela era agressivo, pouco sabia sobre ele além dos gritos e barulhos de tapas que atravessavam as paredes e invadiam minha sala. Nunca entendi o motivo daquilo, não que ela fosse uma santa, mas o que de tão errado ela andava fazendo? E talvez tenha sido por isso que ela semeou maldade entre nossos quintais, porque ela era infeliz.

Se empenhava em pegar canecas de prata que tinha em sua casa, luxo que eu não tinha e ela sabia bem, e esfregava até brilhar. Gritava do outro lado do muro até eu sair pela porta e aparecer no meu quintal e então ela pedia solene um pouco d'água, como se ela não tivesse a mesma que a minha em sua torneira. Eu pegava a caneca, a enchia e devolvia, até sorria tentando parecer simpática... Ela me olhava e jogava toda a água no chão, virava as costas e entrava.

Seu José era o proprietário da casa em que eu morava, da casa do lado também. Ele havia combinado com o marido dela que poderiam fazer uma manilha que passasse do quintal deles e atravessasse o meu devido a chuva não ter escoamento para rua. A partir do dia em que ela teve a ideia de jogar todo tipo de lixo por aquele buraco, minha vida calma começou a ter sérias pitadas de ódio.

No meu quintal havia cascas de bananas, laranjas, sacos, papéis e tudo que ela encontrasse e desejasse descartar ou até quem sabe ela nem quisesse realmente se desfazer daquilo, mas o lixo havia acabado e ela não podia desistir da tarefa de me incomodar.

Decidiram fazer uma reforma, um poço e terra no quintal novo. As roupas brancas do varal amanheciam com a mesma terra que havia no chão da casa reformada com canecas de prata e comida pra ser descartada no meu quintal.

A essa altura eu odiara ela como nunca achei ser possível, mas me mantinha calada. Eu sabia que arranjaria problemas com o marido dela e o meu nunca estava disposto a realmente me defender, tinha problemas maiores do que a vizinha mal-humorada. Minhas filhas tinham pouca roupa pra vestir, as que tinham estavam sujas, meu marido não aparecia havia muitos dias, a comida era cada vez mais escassa, eu me sentia sozinha e sobrecarregada.

Tive a ideia em certa noite de comprar uma tigela de barro e encher de farinha, jogar do outro lado e esperar ela achar que eu havia jogado uma macumba horrível nela. Mas não o fiz, afinal, quem disse que eu tinha dinheiro pra gastar com tigela e farinha pra jogar fora?

O tempo fechou anunciando a tempestade, em fevereiro sempre chovia muito. Uma lata guardada, os pingos começaram. Fui até o buraco da manilha e entuchei a lata lá... A chuva ficou intensa, a água começou a subir e eu me desesperei ao perceber que o poço estava sendo invadido pela terra. Eu estava alagando a casa deles e ainda acabando com água. Desisti da vingança, a lata de leite ninho muito bem enfiada ali não saia, a chuva me lavando e eu tentando empurra-la, puxa-la, tira-la de lá a qualquer custo. Sai correndo pela minha casa, toda molhada, atravessei e sai pelo outro portão, do outro lado da rua era a casa da minha mãe.

Apareci toda molhada e chorando "Eu alaguei tudo lá, mãe! Me ajuda.". Depois de muito questionar, levantou e saiu correndo, conseguimos tirar a lata com um faca.
Ela nunca desconfiou que eu destruí a limpeza da água do poço e transformei o quintal dela naquele lamaçal muito pior do que o de costume.

Nem me vingar direito eu consegui.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Agitação

To realmente sem tempo de escrever, me sinto uma quase adulta correndo pra lá e pra cá, e uns 50% realizada -apesar de estar reclamando sobre as 1200 palavras e os temas- de ter " artigos" ( muito adulto) pra escrever. 
Com os 7 artigos entregues na minha mão, campus party, site pra sair, um blog   (Deixado de lado nas ultimas duas semana) e um diário pra contar sobre o meu dia, me sinto em atarefada e animada com isso.
Até aderi ao aplicativo do blogger no celular pra não gastar mais energia digitando no notebook, " redatores" ( adulto demais) devem ter o hábito de fugirem da frente de seus computadores sempre que possível, pelo menos é esse meu dilema nessa semana e ando ansiosa pro dia que será um dilema diário na minha vida. 
Amanhã (5 de fevereiro), pego um avião rumo ao rio as 15:40, em uma hora estou com o homem da minha vida por 17 dias. Eu tenho brincado bastante que será uma amostra de como é morar comigo, mas realmente será. Nem posso conter o sorriso de imagina-lo chegando cansado do trabalho ansioso pelo meu carinho( talvez ele devesse chegar ansioso pela janta que eu fiz, ou coisa parecida, mas aparentemente ele já conseguiu aceitar que sou uma negação em assuntos domésticos).
Vou voltar aqui pra falar coisas ao vento, possivelmente só quando ele for trabalhar na segunda e eu tiver que fazer algo até as 17 h sem ele na casa dele.

sábado, 31 de janeiro de 2015

Voando com você, caindo sem você

" ainda sem nós dois o mundo segue são, pois todos vem e vão. Entenda se eu partir"

E agora eu sei, uma daquelas certezas absolutas, do mesmo tipo que eu tenho sobre o céu ser azul, que você vai embora. 
Pior que essa certeza é a de que o que vai sobrar de mim é muito, mas muito menos que textos nos teus blogs. Apenas mais uma ponte na tua vida.

Sem dramas e chantagens psicológicas, sem querer dizer nada, sem tentar te ofender gritando aos ventos que você é um baita " machista opressor". 
Falando em " machismo opressor", nunca tinha visto de perto. Posso dar palestra sobre a essa altura da vida ( brincadeiras a parte, beira o sério esse papo e eu não devia falar em vão sobre o sexismo do século ao ver das garotas ativistas do meu facebook, acho melhor ficar quieta).

Não que eu saiba muito sobre amor, mas sei que eu sempre quis e sonhei com um amor que me tirasse do chão, daquelas que fizesse eu me sentir voando, distorcesse a realidade... Ficar cega de amor! Eu to aqui cega de amor e tentando manter meus princípios pessoais e não passar por cima de tudo em nome de nós dois mais uma vez, e minha vontade de correr até chegar aí não acaba.

Toda vez que me pergunto se realmente vou sentir sua falta eu acabo chorando e pensando que existem muito mais detalhes em você pra amar e sentir uma saudade horrível do que pensei existir. Até tentei fazer um " top 3 coisas que mais vou sentir saudade" - porque eu tenho mania de listar as coisas e você já sabe disso- mas, não consigo chegar nem em um top 20.

Os vídeos que fiz de você servem como ótima forma de tortura. Sua voz, seu sotaque que mesmo que eu tente eu acabo imitando toda hora ( mesmo quando você não está aqui). Seu jeito de me olhar e o seu sorriso que eu só consegui conhecer quando finalmente te vi. 
O dia que te vi, eu senti seu coração batendo quando você me abraçou. Foi um beijo rápido, tímido e desesperado... Não sabia muito bem como agir, nos próximos 10 minutos já parecia que eu tinha nascido só pra te conhecer mesmo e eu já tava pela Paulista te arrastando pra todos os lados de mãos dadas, olhando as luzes de natal e contando histórias que não te interessavam.
A primeira vez que eu estive na sua casa e forma com que você sempre me deixou maluca, em todos os sentidos possíveis. 
Seu suor em mim, toda água que a gente gastou tomando banho juntos ( eu até colocaria a crise hídrica de São Paulo na minha ficha se você morasse aqui). Todas as noites assistindo programas chatos e desinteressantes de tv do seu lado que me davam a sensação de comodidade e rotina tão gostosa...
 Eu nunca fui fã de rotina, " eu gosto é do estrago" e como boa ariana que sou, preciso gastar toda essa minha energia em algo mais animador que horários certos e coisas pre programadas e monótonas, mas eu queria TANTO ter uma rotina com você. Daquelas bem velhos casados mortos, destoando disso só pelas minhas gargalhadas e pelo tanto de vezes que a gente ia transar por semana. 

Eu me perdi de vez mesmo.

Ainda que eu queira buscar uma coisa pra culpar, não sei se existe... Somos fracos e vc pode dizer que não, mas entramos num consenso dessa vez ( não total já que eu acredito que não seja vontade de nenhum dos dois, mas acho que você sempre vai se achar certo).

Te amo.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Tamanco

No decorrer da vida, algum idiota ( bem que eu gostaria de me lembrar quem foi) me falou que aquele aperto no coração - que o Andrew me ensinou que era dor na alma mais tarde- tinha o nome de constipação. Pra quem não sabe, constipação é entupimento de vias nasais ou prisão de ventre.. Sendo mais clara, basicamente disseram pra mim que falar que tava com gases significava outra coisa.

Sei lá quantos anos depois de repetir isso por aí, a Camila achou estranho eu falar do nada e nunca notar que todo mundo me olhava com cara de "você tá falando sério?" e me contou a realidade da situção, nisso eu tinha 16 anos. Beirando os 19 eu ainda associo essa maldita palavra ao meu aperto de coração quando ele infelizmente aparece.

Eu sempre achei que essa coisa de escrever sobre tudo que eu sentia e vivia ajudava a me auto-conhecer, mas nos últimos tempos tenho me deparado com tanto de "nem eu sei o que tá rolando comigo" que no final acho que só serviu pros tontos que leem aqui e eu, perder tempo.

Eu falei na brincadeira pra uma das minhas amigas que vieram me procurar ( porque agora é assim, ou vc pergunta ou eu não falo), "Eu tô com impressão que nessa vida todo mundo usa tamanco e ninguém sabe o que é dockside". Apesar de ser uma daquelas frases de princesa de moda it girl fashionista, foi na zuera e faz bastante sentido. Talvez a culpa seja minha por saber o que é dockside e repudiar tanto os tamancos.

Minhas dores de estômago têm se feito mais presente e isso me cansa mais do que mandar e-mail com o assunto "Currículo".

Eu sou do tipo que fica frustrada a cada passo em falso, faço uma cara de insatisfação e continuo com a mesma animação.. Isso claro até eu achar o primeiro colo pra chorar, e como choro, choro toda vez que eu acho que a vida não tá seguindo minha linha de pensamento... e como você pode imaginar, a linha de pensamento dockside tá bem distante da linha tamanco.

Se eu fosse mais clara sobre como tenho me sentido talvez eu recebesse meia dúzia de xingos. Mas, acho que isso já acontece de qualquer forma mesmo.

Devo ter escolhido a faculdade errada, o curso errado, principalmente a cidade errada pra viver.
Escolhido o ano errado pra nascer e certamente o mês, mesmo achando que essa coisa de signo não influencie diretamente... culpar o mês de abril e o signo de aries é sempre válido.
Escolhi uma coisa certa nessa vida, mas as vezes sinto que nunca fui a escolha certa.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Não tem guarda-chuva pro nosso temporal

A verdade é que a gente deixa pra enaltecer as qualidades das pessoas quando elas já se foram, é algo que eu tento evitar o máximo que posso.

Não que eu seja a mais sensata do mundo sempre, na verdade... é bem o contrário. Perco a linha, os sentidos, berro pra quem quiser ouvir e me derrubo.

Eis que os erros e discordâncias são inúmeros e eu não queria escrever sobre isso toda vez, mas a saída no final das contas nem sequer existe. Eu escrevo pra não me perder mais, pra não te perder mais.


Talvez eu nunca tenha dito o quanto seu olhar é doce quando tira o cabelo do meu rosto e segura na minha bochecha pra me dar um beijo. Talvez nunca tenha dito que você abre a boca de um jeito
bonito quando dorme e que gosto ainda mais quando você deita todo jogado com uma perna pra cada lado. Deveria falar sobre o quanto gosto de deitar no seu peito e sentir seu braço passando pelo meu ombro, sobre como você parece perfeitamente maluco na medida certa com o seu olhar de bravo pra homens que passam muito perto de mim ou quando tem jogo do flamengo.

Você é e sempre será um dos meus maiores feitos.