segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

De dias atrás. Duas semanas passadas.

Para arquivo pessoal de alguém sem tempo e um com um montão de preguiça de registrar com uma escrita à mão.
Feliz com ele. Feliz comigo. Feliz com tudo. Feliz com a vida.
O universo me ouve, que ele me ouça de novo: Obrigada!
Obrigada pelo jeito que ele sorri, ou pelo jeito que ele diz que vai me matar com um sorrisinho de canto. Obrigada pela harmonia dos meus problemas anteriores. Obrigada pelo emprego. Obrigada pelos amigos de verdade. Obrigada pelo que o universo me deu. Obrigada pelas histórias. Obrigada pelas sextas-feiras dividindo uma cama. Obrigada pelas músicas que já ganhei. Obrigada pelo que sou, por quem eu tenho.
Que tudo siga seu curso,lento, calmo. Que tudo continue colorido, que tudo vá devagar pra eu decorar os detalhes do rosto dele, pra eu aproveitar os beijos. Que tudo vá devagar pra eu mostrar meu trabalho, pra eu fazer meus contatos. Que tudo vá devagar quando eu abraçar quem eu amo. Que tudo vá calmo, que tudo vá sereno.

Que o universo ouça todos os meus agradecimentos tão sinceros. Que o universo saiba o quanto meu coração bate sorrindo agora.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Pra você tanto faz.
Um, dois, três dias... Uma semana sem falar comigo.

Pra você tanto faz.
Paixão doi. Dor física, daquelas que eu explico com tom de brincadeira, mas nunca falei tão sério.

Eu tava no onibus pensando que não preciso disso.
É claro que não preciso.

Mas, ah... Esse teu jeito de sorrir com os olhos fechados e a mão no rosto.
No final, é disso que eu preciso.

Me odeio.
Você me avisou, certo?

Mas, eu sempre cruzo contigo na rua e penso: Só pode ser a vida nos juntando.
Enquanto isso você pensa que o acaso tá tirando uma com a sua cara.
Eu cuidaria de você quantas noites fossem necessárias só pra te ver sem graça de olhinhos fechados.
Eu faria de novo pra que você dissesse que sou maluca mais uma vez.

Droga, quem se apaixona tão fácil?
Por você? Qualquer pessoa.

Esse teu jeito reclamão, pessimista e mau humorado, me faz crer que precisa de um sol,
Eu nem te conheço, mas sei que é o sol que me faltava.

É o segundo texto que faço sobre você.
Eu só quero saber quando vai ser a próxima vez que vou encontrar.

Toda vez que te vejo sem aviso você fica sem graça.
Eu fico sem graça também.

Sem saber se devo te dar um beijo te cumprimento com um soco na mão.
Sei que você acha engraçadinho.

Também sei que falo muito. Sei que não gostamos das mesmas coisas.
Mas, eu gosto tanto de você.

Paixão doi.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

texto muito grande pra ser de alguém que acabei de conhecer

Pode ser o jeito que você sorri timido e coloca a mão no rosto, ou vai ver são as ruguinhas do lado do seu olho quando da risada de bobo. Quem sabe foi porque você dormiu abraçado a noite toda sem se mexer, ou porque seus espasmos antes de dormir são pra lá de estranhos. Você não sabe, mas eu contei os dias pra te ver.
Toda essa sua vida de bebidas, diversão e amigos que não conheço, os quais você não me apresenta de uma vez... Eu deixei a dignidade na balada no último final de semana, mas enquanto estava sentada naquele sofá, pensei em te mandar mensagens dizendo coisas que gostaria de dizer sobrea. Tipo o quanto tenho gostado de ver como você é arrumadinho, ou como relevo o fato de você ser tão magro, ou como me sobe um frio na espinha quando eu lembro da sua boca em mim.
Odeio como tudo tem uma ordem, odeio como você é um enigma, odeio como já me avisou que nunca seremos nada, odeio seus horários quando não batem com o meu e odeio porque você não olha pra trás quando vai embora. Odeio sua amizade com a ex, odeio que você não me convide tanto quanto te convide. Eu acho até que odeio você.
Enquanto te odeio, olho mais uma vez pra sua foto e mesmo me negando, eu dou um sorrisinho sutil pra que não notem no trabalho o que tem acontecido no meu estômago. A cara de mal na foto até convence que nunca botou a mão no teu cabelo e descobriu que você passa uns bons minutos acompanhado da pomada pra que ele fique certo. E, essa tua desculpa de que ele é liso demais.. Puf, me convence, tudo em você me convence.
O seu all star todo preto me faz pensar que você não o usaria se o cadarço não combinasse com a sola e todo o resto. Sua camiseta amassada de manhã me faz pensar se faz sentido tudo isso, você dormiu com ela e vai trabalhar com ela também? Vai ver eu até queria ser tua camiseta.
Odeio sua barba fazendo cocegas no meu nariz. Eu preciso mudar a cabeça de posição durante o beijo, sem dar risada ou espirrar. Eu adoro sua barba fazendo cocegas no meu nariz.
Eu odeio quando você tenta ser fofo e enquanto eu falo sem parar tampa minha boca, ou tenta me beijar de surpresa, mas você não sabe ser impulsivo, tão pouco me calar. Eu adoro isso. Eu odeio adorar. Bem brega.
Enquanto eu acordei com a cara amassada, eu te via meio descabelado andando pelo quarto, primeiro tentando se virar com um abajur, mas desistiu e acendeu a luz na minha cara. A boa notícia é que eu não liguei, sorri ao ver você dizer “como assim você não come de manhã?”. Ah, tem tanta coisa pra descobrir ainda.


segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Digo por aí, o tempo todo, o quanto gosto de ti de graça. Mas, parando pra pensar...Não é bem assim.

O sorriso que tu me deu naquele dia. E, naquele outro que me olhou e estendeu o braço, em um segundo estava grudada no teu pescoço. Quem sabe foi o jeito que tu sorrio quando eu chorei de saudade. Não, não, vai ver que foi quando seus olhos brilharam ao ter dimensão do quanto você sempre estaria comigo.

Não sei qual foi o momento que me apaixonei pelo seu coração, pela sua alma. Não gosto de você de graça. Eu gosto pelo seu sorriso, pelo seu ar sereno, pelos seu olhar sincero, pela sua alma bonita, pelas suas mãos calejadas, pelo seu abraço apertado. Eu gosto pela forma com que abre a boca e fecha os olhos enquanto toca, eu gosto porque seu suor pinga no chão do palco enquanto você sorri, gosto porque tem o olhar perdido as vezes (e sempre, sempre, amável). Gosto por todas as vezes que suas mãos fizeram carinho nas minhas costas, gosto porque encosta seu rosto no meu quando chego perto, gosto porque aperta os olhos enquanto sorri. Gosto porque tem ruguinhas no canto do olho pelo sorriso largo, gosto do desenho que sua sobrancelha faz quando está sério para fotos, gosto do desenho da sua sobrancelha quando faz cara de surpresa. Gosto quando você sorri sem graça.


quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Alguma vez você conheceu alguém cujo o olhar te dava calma? Parece clichê e fácil conhecer alguém com feição serena e despreocupada. Mas, eu tô falando de quem sorri com os olhos, quem tem sempre a sombracelha arqueada para cima com uma expressão sincera e suave.

Todo mundo precisa de algo pra seguir, precisa de um amor, de um sonho. Eu só precisava daquele sorriso, daquele olhar, só me movia por te ver cruzar meu caminho acidentalmente por aí, nem que eu te visse por um segundo, só visse seu jeito perdido e divertido de longe.

Não é amor. Amor parece pouco. Amor parece raso. Amor parece simples. Eu queria sentir os dedos dele pegarem nos meus e o braço dele me puxando pra que a gente pudesse correr pra longe de todo mundo que não entendesse aquilo. Você pode dizer que nem ele entendia, mas fui eu quem vi, ao vivo, com todo o calor e expectativa de dias longos esperando, a feição dele quando viu a marca no meu corpo.

"Espero que você entenda porque eu fiz isso" - "É claro que eu entendo". Os olhos deles diziam que entendia mesmo. A felicidade com que ele quis dizer pro mundo o que tudo tinha virado, também disse.

Sempre foi além, desde o dia que te vi. Desde quando ninguém tinha se apaixonado pelo jeito, quando ninguém te cercava nos lugares. No começo era só eu, e agora eu sou um grãozinho de areia no meio do mundo todo. Mas, não tem problema. Você pode esquecer, eu posso sumir. O tempo pode passar, eu posso chorar. Eu tento me livrar. Mas, você continua sendo tudo o que eu preciso pra seguir em frente.

Em dias como hoje eu só quero correr correr até te encontrar por aí. Assim como no dia que sentei na rua e esperei por horas que seus sapatos pisassem naquele chão e como num acaso combinado nossos olhares se encontrassem. Ah, como eu queria você perto.

É tão além. É tão díficil. A chuva que me molha, nem sempre cai por aí também. O motivo de tanto de desespero de sentir seu corpo encostado no meu também vai além da minha saudade sufocante. Você diz que a vida é bela quando fecha os olhos pra dormir, mas o que houve com quem passava beleza pro mundo só com o ato de existir?

Da última vez eu mal te reconheci e tentei tantas vezes entender quem você era ou o que havia se tornado. Hoje, eu sei que não importa. Eu sempre vou esperar encontrar seu sorrisão por aí, e um dia vai acontecer.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Hoje, por acaso, encontrei uma velha amiga na faculdade. O primeiro assunto foi sobre meu namoro que não deu certo e ela disse com uma propriedade surreal "Você se entrega muito quando namora".
O que me fez pensar no quão instavel e esquisita eu posso ser.

Depois do Gabriel, eu vivi uma fase de desprezo de qualquer um com o qual eu me envolvesse. Em todas as tentativas de romances, por quase um ano, eu estive pisando em corações e rindo pelas costas daqueles que me pareciam bonzinhos. Os que arrematavam 20 minutos de suspiros eram, justamente, quem não deveria.

Mas, quando o conheci, tudo o que eu pisava no outros... eu deixei que pisassem em mim. Ainda sem ter o visto e saber ao certo o quanto eu era maior que ele na altura, eu já o amava de forma intensa e inconsequente, assim como é tipico meu.

Ontem, entre meus surtos de nervos e bons choros, cantei em silêncio algo que deveria ser meu mantra. "Eu já vi trens maiores vindos de outro lugar e hoje eu sei que vai passar". E, como sei.
Quando meu primeiro namorado virou as costas e foi viver um novo amor, ah... Foi mais dificil do que as palavras podem dizer. Simplesmente, porque além de chorar eu costumava ter acessos de tremedeira e frio que desencadeavam e pressão baixa e sabe se lá o que renderia se não corressem para me acalmar.
Ainda que, depois de anos, eu continue meio surtada, eu reajo melhor a tudo isso. Sei que já doeu mais, sei que já foi mais insuportável, sei que a vida reserva boas novas.

Te ver virando as costas me faz ter vontade de gritar e te obrigar a ficar. Ficar como era antes e não é agora. Porque você não me deixaria ir se fosse mesmo.
É doido ver que aquele morreu, assim como eu também morri e optei por isso. A mudança de cabelo, de cor preferida e de planejamento dos finais de semana foi justamente pra morrer.

Já foi mais dificil, eu já escrevi mais sobre a dor. Já foi insuportavel e imensuravel. Ele era meu melhor amigo enquanto inimigo. E, eu era só uma menina que não imaginava o quanto viria depois dele.
Sem saber de nada eu chorei madrugada a dentro, pedi pra Deus tantas vezes que eu pudesse me casar com ele.
Estranho pensar como também pedi vez ou outra para morar com você.

Deus não manda nos meus relacionamentos e tão pouco deve ajudar. Ele sabe que eu aguento e que não me deu aptidão pra co-pilotos.
Vai ver, eu só preciso de um co-piloto.

Que meus amores platonicos me matem de amor. Que meus amores platonicos me matem de dor.
Que os romances distantes terminem e voltem, se assim for pra ser.
Que os novos ventos tragam sorrisos e um coração leve.
Que eu renasça de vez e pare de chorar a morte da Letícia que matei.

domingo, 13 de setembro de 2015

Carioca

Não, não faz sentido. Não é costume da vida fazer sentido.

Eu tenho um lenço cinza que comprei mais com o intuito de ficar mais bonita com o que te esquentar o pescoço. Ele, por ser de tecido fino, absorve mais o cheiro de cigarro que minhas outras roupas e, por ser acessório é lavado menos que uma camiseta.
O cheiro que fica nele me lembra você. Vago, porém até que tem sentido (se algo, de fato, fizesse nesta história) já que você costumava fumar bastante e cheirar a cigarro na maior parte do tempo.
No meio dos dias frios que fazem em terras paulistanas, eu acabo me flagrando cheirando ele disfarçadamente em meio a um grupo de pessoas animadas ou em uma casa de show enquanto sigo minha - amada- rotina.

Eu decidi te apagar, quase que por acaso.

Ainda que a frase remeta à um filme que nem sequer pertence ao relacionamento em questão, como eu já havia dito à ele... O filme diz muito sobre mim. E, por isso mesmo que foi uma pena você não ter o assistido, mas entendo seus motivos.
Um dia, no meio da confusão de sentimentos que sou e sinto especialmente por você, eu te chamei e sem resposta...Disse adeus como forma de  fugir de algo que, de certa maneira, já me aconteceu antes.
Errado correr das desgraças do percurso, ou quem sabe, inteligente. Eu já fui quem pagou pra ver, quem ficou até o final e sorriu até o último. Mas, eu sei bem que essa história não acaba bem pra alguém e na certa, seria pro meu lado que a corda iria arrebentar.

Eu ainda olho casais e inconscientemente peço aos céus alguém que me olhe do jeito que os rapazes olham pras mocinhos no metrô. Mesmo sabendo que não preciso disso, meu coração pede por um afago que, estranhamente, parece não receber há anos.
Olhei pro lado duas vezes, a qual uma claramente deu errado pro meu lado. Na segunda, como uma forma de blindagem eu já sabia que não passaria de sorrisos trocados e comentários maldosos para minhas amigas.
Meu coração é de pedra vez por outra.

Quem hoje -talvez- leia esse texto, nem de perto é aquele por quem eu escrevi textos apaixonados e contei os dias. Mas, não tome como ofensa, aquele nunca existiu, meu bem.
Fruto de uma imaginação cega, desesperada por amparo e infinitamente apaixonada. A gente acredita no que quer.

Me lembro de quando lhe contei do meu gosto especial pelo som alto e luzes de balada. Você me alertou sobre problemas posteriores. Estava certo.
No entanto, hoje quem se derrama nas baladas não sou eu. E, não que eu esteja enciumada.
Já fiz tanta coisa babaca por aí. Já beijei tantos rapazes sob uma luz que, com certeza, não revelava a verdadeira cara que eles tinham na vida real.
Mas, o choque de realidade que bate a porta é estranho. Quem sabe até mais do que ouvir que teu ídolo vai ter um bebê.

Que, aliás, diante da notícia me botei no lugar. Pensei em como seria se a criança fosse minha e sorri por não ser, mas lembrei que se acontecesse, você, doente que é, disse que ficaria contente. Sem se dar conta da dimensão disso, quase fez com que eu me convencesse que tamanho absurdo podia ser aceitável e passou na memória o quanto eu desejei morar no mesmo teto que você.

Sonho que nunca foi meu. Nunca foi meu, porque o meu é no mundo e não no Rio. Mas, mais que isso, nunca foi meu porque já havia sido de outra antes.

A confusão de amores e relacionamentos que fizemos nunca havia sido vivida por mim, desta forma intensa, antes.
Algo que eu poderia, quem sabe, dispensar.

Quando passa no jornal notícias da tua cidade, quando a reportagem conta sobre algo daí... Eu penso como você tá longe e perto.

As fotos não dizem mais. Chorar perdeu o sentido há algum tempo. Já fazem dois meses. E, nem sequer assimilei como não voltei pela gata. Tantas músicas que sei de cor, tão fascinada pelo universo dos sons e tão louca pra fazer parte disso... Fã e entusiasta de mão cheia de tudo que vem daqui, a favor da nacionalização geral do rock e cheia de marra de sabichona quando vêm falar sobre livros do tema. Mas, ainda não encontrei uma música que falasse sobre nós como eu gostaria.

A busca constante por algo que acalme me traz certa transtorno em algumas noites. E, a ideia de que você, sempre com seu discurso barato sobre amor, vive de uma forma sem culpa nas mesmas noites, me assombra.
Eu devia ter te feito carinho ao inves de ir deitar no sofá da sala com cara de brava.
Eu não sei se eu gostaria um pouco mais de mim se eu não tivesse medo da areia da praia.

Em busca de uma independência de tudo e qualquer coisa, eu fujo de tudo que parece que leva um pedaço de alguma forma.
Eu devia ter feito comida algum dia enquanto você esperava no sofá.
Eu devia ter feito outra carta.
Eu devia ter te ligado pra dar boa noite.
Eu devia ter sido mais legal na tpm.
Desculpa se eu não abri tantas exceções assim pelo amor.

A foto dos pés na areia não me lembram dos dias que a gente gritava e batia porta.
Me lembra que eu viajava todas as sextas-feiras, eram seis horas, doze no final de semana todo. Quando eu chegava você já tinha comprado o que eu tinha escolhido pra comer. Nos feriados, você pegava minha mão e ia me mostrar o que havia de bom na cidade. Não, não gostava tanto assim de praias. Mas, ver filmes o dia inteiro, comer besteiras e ficar com fome no meio da madrugada porque a gente não pensou nisso quando estávamos no mercado.
Entre tapas sem nenhuma sutileza e declarações de amor que terminavam em baixo do chuveiro.


Que a lembrança mantenha viva o lado bom do Rio de Janeiro e do cheiro, sorriso e sotaque.