segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Digo por aí, o tempo todo, o quanto gosto de ti de graça. Mas, parando pra pensar...Não é bem assim.

O sorriso que tu me deu naquele dia. E, naquele outro que me olhou e estendeu o braço, em um segundo estava grudada no teu pescoço. Quem sabe foi o jeito que tu sorrio quando eu chorei de saudade. Não, não, vai ver que foi quando seus olhos brilharam ao ter dimensão do quanto você sempre estaria comigo.

Não sei qual foi o momento que me apaixonei pelo seu coração, pela sua alma. Não gosto de você de graça. Eu gosto pelo seu sorriso, pelo seu ar sereno, pelos seu olhar sincero, pela sua alma bonita, pelas suas mãos calejadas, pelo seu abraço apertado. Eu gosto pela forma com que abre a boca e fecha os olhos enquanto toca, eu gosto porque seu suor pinga no chão do palco enquanto você sorri, gosto porque tem o olhar perdido as vezes (e sempre, sempre, amável). Gosto por todas as vezes que suas mãos fizeram carinho nas minhas costas, gosto porque encosta seu rosto no meu quando chego perto, gosto porque aperta os olhos enquanto sorri. Gosto porque tem ruguinhas no canto do olho pelo sorriso largo, gosto do desenho que sua sobrancelha faz quando está sério para fotos, gosto do desenho da sua sobrancelha quando faz cara de surpresa. Gosto quando você sorri sem graça.


quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Alguma vez você conheceu alguém cujo o olhar te dava calma? Parece clichê e fácil conhecer alguém com feição serena e despreocupada. Mas, eu tô falando de quem sorri com os olhos, quem tem sempre a sombracelha arqueada para cima com uma expressão sincera e suave.

Todo mundo precisa de algo pra seguir, precisa de um amor, de um sonho. Eu só precisava daquele sorriso, daquele olhar, só me movia por te ver cruzar meu caminho acidentalmente por aí, nem que eu te visse por um segundo, só visse seu jeito perdido e divertido de longe.

Não é amor. Amor parece pouco. Amor parece raso. Amor parece simples. Eu queria sentir os dedos dele pegarem nos meus e o braço dele me puxando pra que a gente pudesse correr pra longe de todo mundo que não entendesse aquilo. Você pode dizer que nem ele entendia, mas fui eu quem vi, ao vivo, com todo o calor e expectativa de dias longos esperando, a feição dele quando viu a marca no meu corpo.

"Espero que você entenda porque eu fiz isso" - "É claro que eu entendo". Os olhos deles diziam que entendia mesmo. A felicidade com que ele quis dizer pro mundo o que tudo tinha virado, também disse.

Sempre foi além, desde o dia que te vi. Desde quando ninguém tinha se apaixonado pelo jeito, quando ninguém te cercava nos lugares. No começo era só eu, e agora eu sou um grãozinho de areia no meio do mundo todo. Mas, não tem problema. Você pode esquecer, eu posso sumir. O tempo pode passar, eu posso chorar. Eu tento me livrar. Mas, você continua sendo tudo o que eu preciso pra seguir em frente.

Em dias como hoje eu só quero correr correr até te encontrar por aí. Assim como no dia que sentei na rua e esperei por horas que seus sapatos pisassem naquele chão e como num acaso combinado nossos olhares se encontrassem. Ah, como eu queria você perto.

É tão além. É tão díficil. A chuva que me molha, nem sempre cai por aí também. O motivo de tanto de desespero de sentir seu corpo encostado no meu também vai além da minha saudade sufocante. Você diz que a vida é bela quando fecha os olhos pra dormir, mas o que houve com quem passava beleza pro mundo só com o ato de existir?

Da última vez eu mal te reconheci e tentei tantas vezes entender quem você era ou o que havia se tornado. Hoje, eu sei que não importa. Eu sempre vou esperar encontrar seu sorrisão por aí, e um dia vai acontecer.