quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Eu tô trabalhando enquanto faço uma playlist pra bagunça de amanhã. 
Fazer amigos e embarcar nessa onda universitária fez um bem imensurável pra minha alma. Me sentir parte de um grupo e vê-los se divertindo comigo exatamente pelo que eu sou faz eu me sentir viva, jovem e querida. 

Na semana passada eu me senti parte daquilo há anos, como se fosse a vida inteira para eu ir parar ali. A mesma bagunça que rola amanhã, aconteceu faz menos de 7 dias e eu poderia estender por mais sete, se desse. 

Na última segunda-feira tive um problema de percurso que me obrigou a sentar na Av. Paulista por cerca de uma hora e meia, olhar a pressa das pessoas, as luzes dos prédios e os carros passando. Queria dizer que tive uma reflexão profunda no tempo que passei ali. Mas, não tive. 

Só sentei e esperei que ele passasse por ali como em junho do ano passado. Eu andava de braços dados com o meu ex futuro namorado, que já havia sido meu futuro ex quase noivo em mundos paralelos de quem tem 15 anos... O motivo de término? Ele. Quem eu vi andando rapido e com o olhar sereno? Ele. Avisei "Ele tá ali, posso ir atrás?", claro que antes mesmo da resposta vir eu já tinha corrido até lá. Mas, minha companhia atrapalhou que eu dissesse tudo e abraçasse tudo que tinha pra abraçar.

Pois então, que o tempo o levasse até ali, pois era tudo o que eu precisava naquela noite de clima ameno e céu bonito. Em meio a todas aquelas centenas de pessoas que passaram por mim, tu não passou ali. Afirmou que não passou porque reconheceria seus pés, mãos, olhar, cabelo, roupa, pernas, peito e sorriso em qualquer  lugar, sob qualquer luz, no meio de qualquer multidão.

Vivendo a pena de não ter ganhado o meu abraço, voltei pra casa ainda com os mesmos pesos no ombro e percebi que essa a tal da dor que assola os tais sonhadores. E o que mais eu haveria de ser senão uma sonhadora de mão cheia?

Seguindo os dias eu sei, que ainda que sinta vontade de pegar o próximo vôo para o estado vizinho, eu só preciso respirar e esperar. Esperar para que a salvação e calmaria chegue, porque ela vai chegar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário